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    PSDB vai ao STF contra decreto do saneamento de Lula

    Tucanos devem alegar que o decreto que concedeu o monopólio das obras de saneamento às empresas estatais fere princípios legais como a necessidade de processo licitatório e a comprovação de capital para investimentos

    PSDB deverá apresentar uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ao Supremo
    PSDB deverá apresentar uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ao Supremo CNN/Reprodução

    Caio Junqueira

    O PSDB anunciou que irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o decreto do Saneamento assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) há duas semanas.

    A sigla deverá apresentar uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ao Supremo, onde outras duas ações semelhantes já tramitam com o objetivo de anular o decreto.

    Os tucanos devem alegar que o decreto que concedeu o monopólio das obras de saneamento às empresas estatais fere princípios legais como a necessidade de processo licitatório e a comprovação de capital para investimentos.

    “São retrocessos graves, e o PSDB não vai assistir inerte a isso”, afirmou o presidente nacional do partido, o governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul.

    Em entrevista à CNN na semana passada, o ex-senador e relator da proposta do marco do saneamento aprovada no Senado em 2020, Tasso Jereissati (PSDB-CE), classificou como “retrocesso brutal” as mudanças feitas no marco regulatório.

    “É um retrocesso brutal. O novo marco do saneamento foi feito com um objetivo básico, que era de recuperar o atraso secular que existe no Brasil em relação ao saneamento básico. Isso foi votado, debatido, passou pela Câmara, pela condição mista, pelo Senado, todos os aspectos e consequências.”

    Para ele, o decreto que o governo editou significa atrasar a meta de alcançar a universalização em 2033, e agora não há mais possibilidade. “Pedi aos meus assessores fazer uma conta, por cima, dessa aritmética [do Lula] e essa universalização dessa maneira só deve acontecer em 2060”, destacou.

    Em repercussão aos decretos de Lula, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), declarou que o Congresso Nacional “não vai admitir retrocessos” em relação ao Marco Legal do Saneamento Básico.

    (Com informações de Daniel Rittner e Diego Mendes)