Proporção de candidatas ao Senado é recorde, mas representa menos de 25% do total
Número de senadoras em exercício na mesma legislatura nunca passou de 21% da Casa
Nas eleições deste ano, entre os 243 pedidos de candidaturas para o Senado Federal, apenas 58 são de mulheres, o que representa 23,9% do total, de acordo com dados da plataforma DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), verificados até esta terça-feira (20).
Nestas eleições, das 81 cadeiras disponíveis na Casa, um terço delas, ou 27, serão renovadas. O mandato é de oito anos, mas as eleições acontecem de quatro em quatro. Assim, a cada eleição, o Senado renova, alternadamente, um terço e dois terços das cadeiras. Em 2018, 54 cadeiras estavam em disputa.
Embora em números absolutos a quantidade de candidatas a senadora seja menor do que a de 2018, quando foram registradas 63 candidaturas femininas para as duas vagas disponíveis por estado naquele ano, a proporção de mulheres para o cargo entre o total de pretendentes é recorde em 2022. Nas eleições anteriores, 17,6% eram mulheres.
Em comparação com 2014, quando 185 concorrentes disputaram a única cadeira por estado naquelas eleições, apenas 35 mulheres – ou 18,9% do total – estavam inscritas.
A disputa em 2022
Das 58 mulheres em disputa por uma vaga no Senado, quatro aparecem entre os primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto.
No Rio Grande do Sul, a pesquisa RBS/Ipec de 16 de setembro mostrou que Olívio Dutra (PT) e Ana Amélia Lemos (PSD) estão tecnicamente empatados, com 28% e 25%, respectivamente. A margem de erro é de três pontos percentuais. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o número RS-04310/2022.
A pesquisa TV Morena/Ipec de 15 de setembro analisou o cenário em Mato Grosso do Sul, e a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), tem 38% das intenções de voto. Ela é seguida pelo ex-juiz federal Odilon de Oliveira (PSD), com 20%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MS-08792/2022. A margem de erro é de três pontos percentuais.
No Tocantins, duas mulheres aparecem à frente nas pesquisas. A pesquisa TV Anhanguera/Ipec, de 19 de setembro, mostrou que Professora Dorinha (União Brasil), com 26%, e Kátia Abreu (PP), com 20%. Como a margem de erro também é de três pontos percentuais para mais ou para menos, elas estão tecnicamente empatadas. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número TO-04301/2022.
Outra unidade federativa que tem mulheres à frente nas intenções de voto é o Distrito Federal, segundo pesquisa Globo/Ipec de 6 de setembro. A deputada federal Flávia Arruda (PL) tem 31% das intenções de voto, e a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos), aparece com 19%. O registro do levantamento junto ao TSE é BR-08466/2022. A margem de erro é de três pontos.
Mulheres no Senado
Desde a redemocratização, foram oito legislaturas e apenas 42 mulheres eleitas ao Senado. Como algumas suplentes também assumiram mandatos, chega a 58 o número de senadoras no período.
Na legislatura de 1987 a 1991, houve apenas uma mulher no Senado: Alacoque Bezerra (PFL), durante a licença do senador José Afonso Sancho (PFL).
O período de 2015 a 2019 foi o que apresentou o maior número de mulheres — 17 ocuparam o cargo, o que representa quase 21% do Senado. Atualmente, são 14 senadoras – ou 17,8% da Casa.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
FOTOS — Os senadores e as senadoras em fim de mandato
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