Propina de US$ 1 por vacina, áudio exposto: as frases de Dominguetti à CPI
Policial militar da ativa, Luiz Paulo Dominguetti se apresenta como representante da Davati Medical Supply e depôs à CPI da Pandemia nesta quinta-feira (1º)
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia nesta quinta-feira (1º), o policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que se apresenta como representante da Davati Medical Supply, reafirmou ter recebido um pedido de propina do então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, para fechar a compra de doses da vacina AstraZeneca.
Segundo Dominguetti, a propina seria de US$ 1 por dose, e a Davati poderia fornecer até 400 milhões de doses. Aos senadores da CPI, o revendedor disse que o “o pedido de propina se concretizou”, mas “o pagamento e a evolução do processo, não”.
O PM também apresentou durante a sessão um áudio do deputado Luis Miranda (DEM-DF), que denunciou à CPI supostas irregularidades na compra de doses da Covaxin por parte do governo federal.
Dominguetti afirmou que, no áudio, Miranda falava sobre a venda de vacinas, mas o deputado disse que o arquivo era antigo e faria referência à venda de luvas, o que foi confirmado por Cristiano Carvalho, representante da Davati no Brasil.
O episódio rendeu um pedido de prisão de Dominguetti, feito pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), mas a requisição foi negada pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI. O celular de Dominguetti foi retido pela CPI, que submeteu o aparelho à perícia.