Projeção aponta divisão do tempo do horário eleitoral na TV e rádio entre candidatos
Confira cálculos da CNN baseados no modelo usado pelo TSE e segundo apurações com os partidos políticos; Lula deve ser o candidato ao Planalto com mais minutos na TV e no rádio, seguido de perto pelo presidente Jair Bolsonaro
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Considerado por muitos cientistas políticos como um canhão na comunicação dos candidatos, o horário eleitoral gratuito começa a ser exibido no rádio e na TV aberta de todo o país a partir de 26 de agosto.
O tempo a que cada candidato à Presidência tem direito está relacionado ao tamanho da bancada eleita em 2018 para a Câmara dos Deputados e à abrangência das alianças nacionais.
A CNN realizou uma projeção com base nos anúncios oficiais dos partidos e em apurações com as legendas. De acordo com o levantamento, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ser o candidato que mais terá tempo de propaganda eleitoral na TV e no rádio. O presidente Jair Bolsonaro (PL) deve seguir o petista de perto. Luciano Bivar (União Brasil) vem em seguida.
O modelo de cálculo é o mesmo usado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que irá divulgar a divisão exata do tempo do horário eleitoral em 12 de agosto.
Abaixo, confira quantos minutos de propaganda eleitoral cada candidato ao Planalto deverá ter nas eleições de 2022. Os valores podem mudar a depender da configuração final das coligações.
Como é realizado o cálculo?
Os minutos reservados ao horário eleitoral são distribuídos da seguinte forma: 90% são proporcionais ao tamanho da bancada de deputados do partido eleita em 2018 ou chapa dos candidatos, e os 10% restantes são repartidos de forma igualitária.
Às terças-feiras, quintas-feiras e sábados, os candidatos à Presidência terão 25 minutos por dia, divididos em duas janelas, para a exibição de suas propagandas na TV e no rádio. O tempo é distribuído entre os candidatos. As propagandas dos candidatos aos demais cargos são exibidas nos horários eleitorais dos demais dias da semana.
O horário eleitoral gratuito será exibido às 13h e às 20h nos canais de televisão. Nas emissoras de rádio, as exibições são feitas às 7h e às 12h.
Além disso, os partidos têm direito às inserções avulsas, ou “pílulas”, de 30 a 60 segundos distribuídas durante a programação. Os veículos reservarão 14 minutos diários, entre as 5h e a meia-noite, para que os presidenciáveis veiculem os materiais.
Quanto maior a bancada, mais tempo de propaganda
Considerada a aliança entre PT, PSB, PCdoB, PV, PSOL, Rede e Solidariedade, o ex-presidente Lula somaria o equivalente a 122 deputados.
Apenas os seis maiores partidos entram na conta, sem contar a Rede, portanto. Considerando o tamanho dessas bancadas, o petista contaria com pouco mais de três minutos e 11 segundos de propaganda por bloco às terças, quintas e sábados. Além disso, teria sete inserções de 30 segundos por dia.
Caso as convenções partidárias confirmem a aliança nacional formada por PL, PP, PSC, PTB e Republicanos, partidos que formam a base do governo no Congresso, Bolsonaro teria aproximadamente três minutos e seis segundos por bloco nos dias mencionados. O presidente ainda contará com seis inserções de 30 segundos.
Luciano Bivar, do União Brasil, ainda de acordo com as projeções da CNN, teria pouco mais de dois minutos e nove segundos por bloco e até quatro inserções de 30 segundos. Seu tempo de rádio e TV considera a fusão do DEM e do PSL, que resultou no União Brasil.
Simone Tebet, do MDB, conta também com a federação PSDB-Cidadania em sua base. A senadora somaria, portanto, um minuto e 53 segundos a cada bloco, além de quatro inserções.
Caso não forme alianças nacionais, o pedetista Ciro Gomes poderá chegar, ao todo, 48 segundos do bloco e uma inserção diária.
Os demais pré-candidatos devem ter menos de 20 segundos de propaganda eleitoral às terças, quintas e sábados e não contam com segundos suficientes para emplacar inserções diárias.
Fotos: Veja quem são os presidenciáveis em 2022
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022
Crédito: CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 2 de 11
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT
Crédito: Foto: Ricardo Stuckert - 3 de 11
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez
Crédito: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 4 de 11
Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência
Crédito: Divulgação/Flickr Simone Tebet - 5 de 11
Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência
Crédito: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 6 de 11
José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido
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Crédito: Reprodução Facebook