“Privatização foi decidida nas urnas”, diz Tarcísio à CNN sobre greve em SP
Governador de São Paulo considera que a paralisação convocada por funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp para terça-feira (3) como "ação político-ideológica"
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considera a greve conjunta convocada por funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp marcada para esta terça-feira (3) uma ação político-ideológica, ilegal e sem reivindicações trabalhistas concretas.
“A privatização foi decidida nas urnas”, disse o governador à CNN.
A ofensiva dos sindicatos marcada para amanhã tem como objetivo impedir a privatização de linhas do Metrô, da CPTM e da Sabesp.
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Os sindicatos envolvidos defendem também que seja feito um plebiscito para que a população decida sobre o tema.
“Quem bebe água e usa transporte público tem direito a opinar sobre privatização”, disse à CNN a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, que é filiada ao PSOL.
“Não se trata de uma greve ideológica. Ela é contra a privatização”, disse a dirigente.
Estratégia
O governo de São Paulo determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital nesta terça-feira (3) em razão da paralisação.
O objetivo, segundo o Palácio dos Bandeirantes, é reduzir os prejuízos à população, garantindo a remarcação de consultas, exames e demais serviços que estavam agendados para a data da greve.
O governo garante que as linhas concedidas do metrô e trens vão funcionar normalmente nas Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda.
As consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo. Aulas e provas da rede estadual de ensino também serão repostas e reagendadas.
No transporte público, a Justiça determinou a manutenção do transporte sobre trilhos em 100% nos horários de pico e 80% nos demais períodos, além de 85% do contingente da Sabesp, sob pena de multas diárias de até meio milhão de reais aos sindicatos.
A liberação das catracas foi proibida por decisão judicial pelos altos riscos de tumultos e possíveis acidentes nas estações.