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    William Waack

    Principal diferença do processo do “X” no Brasil é a migração para as redes, diz professor à CNN

    Carlos Affonso Souza analisa diferenças no caso do X (antigo Twitter) em comparação com bloqueios anteriores de plataformas no Brasil

    Da CNN

    O professor de Direito da Uerj Carlos Affonso Souza analisou durante o  WW o recente embate entre o bilionário Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destacando as peculiaridades deste caso em relação a bloqueios anteriores de plataformas digitais no Brasil.

    Segundo Souza, a principal diferença neste episódio é a migração do debate judicial para as redes sociais.

    “Quando ela pula para as redes, a gente passa a jogar com as regras das redes sociais. E ao invés de a gente falar num recurso, numa petição, numa argumentação judicial, a gente passa a trabalhar com uma outra linguagem”, explicou o especialista.

    Histórico de bloqueios no Brasil

    O professor relembrou casos anteriores de bloqueio de plataformas no país, como o WhatsApp, em 2015 e 2016, e o Telegram, no ano passado.

    Nesses episódios, as empresas ou não conseguiam atender tecnicamente às demandas judiciais ou simplesmente não respondiam às comunicações da Justiça.

    No caso atual envolvendo o X (antigo Twitter), Souza ressalta uma situação inédita: “Agora, no caso do X, a gente tem uma situação em que não é que a empresa não responde, a empresa vai a público dizer que não vai cumprir a ordem judicial”.

    Questionamentos e limites legais

    O especialista enfatizou que não cabe ao X determinar o que é legal ou ilegal no Brasil.

    “A nota do X diz que não vai cumprir as decisões porque as decisões não seguem a lei do Brasil. Bom, o tribunal que interpreta a constituição é o Supremo Tribunal Federal”, argumentou Souza.

    Ele ressaltou que, embora as decisões judiciais possam ser questionadas, isso deve ocorrer dentro dos autos do processo.

    A transposição desse debate para as redes sociais altera a dinâmica da discussão, substituindo argumentações jurídicas por memes, piadas e ataques pessoais.

    Carlos Affonso Souza concluiu alertando para os riscos dessa nova dinâmica: “Quando Elon Musk coloca lá um meme que ataca o Alexandre de Moraes, nas redes é uma coisa. Se você fizer isso num processo judicial, você vai ganhar uma representação na ordem, na congregação de classe sobre esse tipo de atitude”.

    Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.

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