PRF pode atuar em protesto de caminhoneiros ‘sem demandar autorização’, diz AGU
Por volta das 10 horas da manhã desta segunda-feira, a PRF informou que havia 47 pontos de bloqueio ou aglomeração em rodovias de 11 Estados e do Distrito Federal


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou nesta segunda-feira, 31, que acionou unidades regionais da Advocacia-Geral da União (AGU) para garantir o fluxo de estradas brasileiras ocupadas por bloqueios de caminhoneiros contrários à vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em nota, a AGU informou que ajuizará as ações, mas que “a Polícia pode atuar sem demandar autorização”.
Ao Estadão, a AGU afirmou que “recebeu, por enquanto, pedido de atuação por meio das unidades da Procuradoria da União em Rondônia Goiás e no Pará”. O órgão informou que vai “tomar as medidas cabíveis por meio de suas unidades regionais”.
“É importante destacar que existem pareceres jurídicos da instituição que autorizam atuação de ofício das Polícias, sem demandar autorização judicial, como ocorreu em 2018, por ocasião da greve dos caminhoneiros”, registrou a AGU.
“A atuação judicial da AGU ocorre apenas quando, no caso concreto, as instituições de polícia entendem que precisam de medida judicial para garantir a liberação de rodovias.”
Em nota, a PRF informou que “adotou todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo” desde ontem. Segundo a corporação, suas equipes estão em locais onde há bloqueios ou aglomerações para negociar a liberação das rodovias, “priorizando o diálogo”. O objetivo, registrou, é garantir “trânsito livre e seguro” e “o direito de manifestação dos cidadãos, como aconteceu em outros protestos”.
Por volta das 10 horas da manhã desta segunda-feira, a PRF informou que havia 47 pontos de bloqueio ou aglomeração em rodovias de 11 Estados e do Distrito Federal. O número havia diminuído. Mais cedo, segundo a corporação, os obstáculos no País chegaram a 70. A corporação disse que analisava se cada um dos casos estava ligado ao resultado das eleições presidenciais.
Vídeos publicados em redes sociais desde a noite deste domingo, 30, mostram caminhoneiros fechando pontos de estradas. Nos grupos de WhatsApp, eles afirmam que as manifestações têm apoio de empresários do agronegócio e também do comércio. Alguns líderes que já participaram de outras manifestações disseram ao Estadão, no entanto, que isso é “só fogo de palha de reacionários”. Sobre o apoio de empresários, disseram que todas as manifestações têm a participação deles nos bastidores.
O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o ‘Chorão’, que liderou a greve dos caminhoneiros de 2018, disse nesta manhã, em vídeo, que “não é hora de parar o País”. Ele criticou as paralisações pontuais que estão sendo feitas em algumas localidades nesta segunda-feira.
“Quero reconhecer, através da Abrava, a eleição, a democracia desse País, parabenizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela sua vitória”, disse o líder caminhoneiro, informando que tem sido procurado para comentar sobre as paralisações.
Galeria: Confira imagens da comemoração de Lula e de eleitores do PT após as eleições
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Apoiadores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na avenida Paulita, após o resultado das eleições • Reprodução/CNN
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Movimentação de militantes do PT no vão central do Masp, na Avenida Paulista, na zona central de São Paulo, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil • WAGNER VILAS/ONZEX PRESS E IMAGENS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Pronunciamento do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizado na cidade de São Paulo • ANDRÉ RIBEIRO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Pronunciamento do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizado na cidade de São Paulo • SUAMY BEYDOUN/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Movimentação de militantes do PT no vão central do Masp, na Avenida Paulista, na zona central de São Paulo, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil • RAFAEL MAGALHÃES/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Movimentação de eleitores na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • ALEXANDRE BRUM/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
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Movimentação de eleitores no Bar Amarelinho, no centro do Rio de Janeiro, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • ALEXANDRE BRUM/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
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Movimentação de eleitores no Bar Amarelinho, no centro do Rio de Janeiro, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • ALEXANDRE BRUM/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
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Apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemoram eleição presidencial, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul • RENAN MATTOS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemoram eleição presidencial, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais • GLEDSTON TAVARES/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO
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Apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemoram eleição presidencial, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais • GLEDSTON TAVARES/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO
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Movimentação de militantes do PT no vão central do Masp, na Avenida Paulista, na zona central de São Paulo, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil • WAGNER VILAS/ONZEX PRESS E IMAGENS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Movimentação de militantes, com grande concentração de policiais, na Avenida Paulista, na zona central de São Paulo, neste domingo, 30 de outubro de 2022, segundo turno das eleições no país • EDI SOUSA/WPP/ESTADÃO CONTEÚDO
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Movimentação de militantes do PT no vão central do Masp, na Avenida Paulista, na zona central de São Paulo, neste domingo, 30 de outubro de 2022, segundo turno das eleições no país • RAFAEL MAGALHÃES/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO