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    Eleições 2022

    Presidente do TSE diz que quem trata de eleições são “forças desarmadas”

    Foi a reação mais dura de Edson Fachin aos ataques às urnas eletrônicas que vêm sendo feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL)

    Teo Curyda CNN , Em Brasília

    O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, mandou nesta quinta-feira (12) um recado para quem espera que as Forças Armadas interfiram no processo eleitoral. Foi a reação mais dura de Fachin aos ataques às urnas eletrônicas que vêm sendo feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

    “Quem trata de eleições são as forças desarmadas. E, portanto, as eleições dizem respeito à população civil que, de maneira livre e consciente, escolhe os seus representantes. A Justiça Eleitoral está aberta ouvir, mas jamais estará aberta a se dobrar a quem quer que queira tomar as rédeas do processo eleitoral”, disse o ministro.

    A fala de Fachin ocorre em meio ao aumento das tensões nos últimos dias entre os militares e o TSE e após a Corte rejeitar sugestões feitas pelas Forças Armadas ao processo eleitoral.

    O tribunal apontou erros de cálculo no documento enviado pelos militares para questionar a segurança das urnas e informou que várias das medidas indicadas já são adotadas.

    O TSE criou a Comissão de Transparência das Eleições no fim de 2021, reunindo diversas instituições para aperfeiçoar as regras eleitorais. Convidou também os militares, que fizeram propostas de mudanças. As alterações não foram acatadas, mas serviram para Bolsonaro retomar questionamentos sobre a vulnerabilidade das urnas.

    Fachin disse ainda que ninguém interferirá na Justiça Eleitoral e nos resultados do pleito deste ano. “Quem investe contra o processo eleitoral que está descrito na Constituição investe contra a Constituição e investe contra a democracia. Quem defende ou incita intervenção militar está praticando um ato que afronta a Constituição e afronta a democracia.”

    Em sua live semanal transmitida nas redes sociais, Bolsonaro respondeu às críticas do ministro. “Eu não sei de onde ele [Fachin] está tirando esse fantasma que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral.”

    Não existe interferência, ninguém quer impor nada, ninguém quer atacar as urnas, atacar a democracia, nada disso. Ninguém está incorrendo em atos antidemocráticos. A transparência das eleições, eleições limpas, seguras, transparentes, é questão de segurança nacional”, disse Bolsonaro.

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