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    Pré-candidatos a presidente falam sobre combate à varíola dos macacos

    OMS considera avanço da doença uma emergência em saúde pública; surto já atinge 70 países

    Da CNN , em São Paulo

    A OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou, no último sábado (23), emergência em saúde pública de interesse internacional devido ao surto de varíola dos macacos. O Brasil tem mais de 800 casos confirmados da doença, de acordo com o Ministério da Saúde.

    No mundo, aproximadamente 70 países nos quais a varíola não é endêmica relataram surtos e os casos confirmados ultrapassam 17.800.

    Em entrevista à CNN, na segunda-feira (25), o infectologista Júlio Croda, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), afirmou que o país deverá ter um aumento exponencial do número de casos de varíola dos macacos.

    O vírus da varíola dos macacos é transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.

    Os sintomas da varíola dos macacos incluem bolhas no rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais, febre, linfonodos inchados, dores de cabeça e musculares e falta de energia.

    O período de incubação é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.

    A CNN perguntou aos pré-candidatos à Presidência da República o que eles pensam sobre o combate à varíola dos macacos no Brasil.

    Confira abaixo as respostas:

    Luiz Inácio Lula da Silva (PT):

    Com Lula, o Brasil vai voltar a ser uma referência mundial em saúde pública para emergências internacionais de saúde pública como é a varíola dos macacos. Nos governos do presidente Lula, o Brasil foi referência mundial no combate à pandemia de H1N1, no combate do HIV/Aids, nas emergências de saúde pública internacionais que aconteceram naquele período, como por exemplo gripe aviárias, a Sars, o Ebola. Vai recuperar a capacidade de recuperação da coordenação do Ministério da Saúde, primeiro em fazer campanhas de orientação ao conjunto da população.

    Até agora o Ministério da Saúde não orientou a população brasileira sobre a varíola do macaco, qual sua forma de transmissão, quais são os riscos que ela possa ter. Embora seja uma doença menos letal do que a Covid-19, por exemplo, tem riscos em relação às pessoas que são imunossuprimidas, tem casos em crianças.

    O Ministério da Saúde não fez nenhuma campanha específica para aquelas que chamamos de população chave que acabam tendo maior risco de identificação da varíola do macaco.

    Além disso, com Lula, o Ministério da Saúde vai retomar o fortalecimento do seu sistema de vigilância, não só dessa emergência de saúde pública, mas de outras emergências de saúde pública.

    A pandemia da Covid-19 mostrou que o mundo está suscetível a novas emergências internacionais de saúde pública e pandemias. Estarmos preparados, com nosso sistema de vigilância, fortalecendo a capacidade de testagem, fortalecendo as instituições de pesquisas, a ciência, o conhecimento, é fundamental para o país não ter mais uma nova tragédia humana em relação a qualquer pandemia como aconteceu com a pandemia da Covid-19.

    Terceiro, o Brasil precisa de forma urgente retomar as metas de coberturas vacinais, precisamos ter um presidente como o presidente sempre fez, que faz campanha a favor de vacinação, que mostra quem toma vacina, que oriente os trabalhadores, profissionais de saúde para a vacina, que mobiliza as equipes de saúde da família, os agentes comunitários de saúde, as escolas, a sociedade, instituições como o Rotary que sempre foram parceiras da vacinação  para que a gente volte a alcançar as metas de cobertura vacinal.

    Bolsonaro, já no seu primeiro ano de governo, em 2019, atingiu a situação vergonhosa de ser a primeira vez, neste século, que o Brasil não cumpriu a meta de vacinação das crianças. Isso se repetiu em 2020 e em 2021. A boa saúde começa com a prevenção. Uma das ferramentas mais importantes é exatamente a vacina e as campanhas de vacinação.

    Jair Bolsonaro (PL):

    O candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Ciro Gomes (PDT):

    O candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Simone Tebet (MDB): 

    A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.

    André Janones (Avante):

    O candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Pablo Marçal (Pros):

    Esse tipo de alerta internacional é um dispositivo da OMS aplicado somente seis vezes na história. A última vez foi em janeiro de 2020 quando o coronavírus começou a circular fora da China e isso por si só demonstra a gravidade do quadro atual.

    Apesar dos dados que temos até hoje indicarem menor potencial de contágio e letalidade em relação ao coronavírus, os números totais com mais de 16 mil infectados em 70 países preocupam.

    Já temos mais de 800 casos no Brasil, o que mostra que estamos atrasados nas medidas que podem ser adotadas. Precisamos de diagnóstico rápido, para identificação e isolamento dos infectados, além do rastreamento de contactantes para realizar a contenção ou diminuição da velocidade de contágio.

    Não podemos polarizar e politizar o assunto novamente porque vidas estão em jogo. Não podemos ter negacionismo de nenhum lado, nem sobre a potencialidade letal da doença, nem sobre o conhecimento gerado pela comunidade médica e científica. Quando o assunto é saúde e segurança, quando vidas estão em perigo, temos que ver todos brasileiros como pessoas e não como eleitores, porque toda vida importa.

    Felipe d’Avila (Novo):

    O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

    José Maria Eymael (DC):

    A varíola dos macacos se encaminha para ter uma presença mundial e cabe ao Brasil uma posição firme, abrangente e dinâmica para enfrentar esta epidemia que chega.

    Quero ressaltar que para a Democracia Cristã é fundamental a saúde inteligente, ou seja, a prevenção antes da doença.

    Nessa luta contra a varíola dos macacos, é fundamental valorizar as grandes lideranças do Brasil na área da saúde.

    Leonardo Pericles (UP):

    O candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Luciano Bivar (União Brasil):

    Além de investir em campanhas educativas como forma de prevenção, o governo deve o quanto antes aprovar o uso da vacina já existente. Estados Unidos, Canadá e todos os países da União Europeia já aprovaram. Não podemos demorar na tomada de decisões como ocorreu durante a pandemia da covid 19. Muitas vidas poderiam ter sido salvas se o governo tivesse agido prontamente, sem negacionismo.

    Sofia Manzano (PCB):

    A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.

    Vera Lúcia (PSTU):

    A OMS, além de definir a varíola do macaco como emergência global, ainda alertou que a situação no Brasil é preocupante. Os motivos são a falta de testes e diagnósticos precisos, com forte possibilidade de subnotificação e um possível salto no número de casos em pouco tempo.

    Esta é mais uma confirmação da irresponsabilidade do governo Bolsonaro com a saúde pública. Enquanto o ministro Queiroga diz que o Brasil fez o dever de casa, a realidade é que os casos vêm aumentando. Não é verdade que estamos preparados. Isso porque o SUS segue sendo precarizado por este governo: é falta de verbas, cortes de recursos, privatização e falta até mesmo de planejamento. A saúde perdeu 20% de suas verbas de 2021 para 2022.

    Assim como vimos com o coronavírus, a depender do governo atual, infelizmente, parece que ficaremos reféns do vírus que poderia ser combatido com as medidas corretas. É um absurdo que um país como o nosso, que tem a Fiocruz e o Instituto Butantan, não garanta recursos e as pesquisas necessárias para já estarmos produzindo a vacina contra esta doença. Tendo que ficar refém da indústria farmacêutica internacional para comprar as vacinas, que na situação de emergência em que estamos, devemos comprar o quanto antes.

    Defendemos o retorno dos investimentos em pesquisa e na produção das vacinas nacionais o quanto antes.

    Fotos – Os pré-candidatos à Presidência

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