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    Eleições 2022

    Pré-candidatos à Presidência falam sobre o regime de governo brasileiro

    Relator de grupo de trabalho da Câmara emite parecer favorável ao semipresidencialismo

    Palácio do Planalto, na Praça dos Três Poderes, em Brasília
    Palácio do Planalto, na Praça dos Três Poderes, em Brasília Fotográfo/Agência Brasil

    Gabriela GhiraldelliSalma Freuada CNN

    O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que coordena um grupo de trabalho sobre semipresidencialismo na Câmara dos Deputados, apresentou um parecer favorável à mudança do sistema de governo no Brasil. A ideia é realizar um plebiscito sobre o tema.

    A proposta é defendida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e por ministros do Supremo Tribunal Federal, como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.

    O formato do novo modelo ainda está em discussão. A figura do presidente da República fica mantida e continua sendo escolhida em eleições diretas, mas é criado o posto do primeiro-ministro, indicado pelo presidente eleito e aprovado pelo Congresso Nacional.

    Moreira, em seu parecer favorável, escreveu que “o Estado brasileiro enfrenta gravíssimos problemas de governança. O sistema presidencialista de governo não nos tem fornecido o ambiente nem os instrumentos institucionais adequados para que a interação entre os agentes políticos e administrativos produza programas e compromissos de governo de amplo alcance, internamente integrados, dotados de clara sustentação política e capazes de se traduzir em políticas públicas da envergadura que a sociedade brasileira necessita”.

    A mudança de regime começaria a valer apenas nas eleições de 2030.

    A CNN perguntou aos pré-candidatos à Presidência da República o que eles pensam sobre uma mudança de regime de governo no Brasil.

    Confira abaixo as respostas:

    Lula (PT):

    O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Jair Bolsonaro (PL):

    O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Ciro Gomes (PDT):

    O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

    André Janones (Avante):

    O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Simone Tebet (MDB):

    A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.

    Felipe d’Avila (Novo):

    Essa mudança é colocar a carroça na frente dos bois. Não dá para pensar em mudar o regime de governo sem lidar com o sério problema do excesso de partidos. Não existe sistema democrático estável com 32 partidos. É preciso mudar a legislação eleitoral. Defendo que o Brasil adote o voto distrital, que aproxima a população dos seus representantes no congresso. Feito isso, podemos pensar em parlamentarismo ou semi-presidencialismo. Particularmente, avalio que o parlamentarismo traria benefícios para o país. No Brasil, nós adotamos o presidencialismo pelas razões erradas, e a figura do presidente acaba acumulando muito poder. O parlamentarismo poderia facilitar a construção de maiorias no Congresso sem a dependência de meios obscuros, como vemos hoje no uso do Orçamento Secreto, além de tornar a transição de governos impopulares menos traumática, sem a necessidade de impeachment.

    Luciano Bivar (União Brasil):

    A população brasileira já se manifestou sobre sua preferência em relação ao sistema de governo no plebiscito realizado em 1993, mas nada impede que se faça nova consulta popular.

    Dessa forma, o povo, cuja vontade é soberana, poderá confirmar sua preferência pelo presidencialismo ou optar pelo semipresidencialismo proposto.

    Vera Lúcia (PSTU):

    A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.

    Pablo Marçal (Pros):

    O maior problema sobre regime de governo está em fazer com que o voto seja sinônimo de representatividade. As pessoas elegem representantes que não conhecem, não tem acesso e por isso não são ouvidas. Não existe um pacto entre o eleitor e seu representante para obter o voto. Entendo que a reforma política é uma prioridade e por isso já tornei público que ofereço a reeleição para destravar a reforma. Qualquer regime que contemple a conexão do eleitor com o parlamento será bom e terá meu apoio. Só não podemos nos iludir com bravatas, de que ter presidente e 1o ministro vai resolver o problema. A questão só se resolve transformando a mentalidade do brasileiro em uma mentalidade de governo. Quem é governante não aceita que o seu representante faça o que quer. Todo governante tem que aprender a confrontar e questionar, principalmente, aqueles que elegemos para nos representar politicamente.

    José Maria Eymael (DC):

    Como na Constituinte, o regime que defendo é o Parlamentarismo, o qual aparentemente, embora com outro nome, é o projeto em debate no Congresso Nacional.

    Sofia Manzano (PCB):

    O Brasil precisa fazer um debate profundo sobre o regime político, não apenas visando ajustar o modelo presidencial e a sua relação com o parlamento, mas acima de tudo ampliando a participação democrática dos setores populares, dos trabalhadores, das mulheres, povos indígenas, povo negro, população LGBTQIA+, populações tradicionais nos espaços de decisão do país. Nós defendemos que tenhamos um parlamento unicameral, com a extinção do Senado da República e que todos os mandatos, tanto parlamentares como legislativos, sejam revogáveis pela população em referendos revogatórios.

    Defendemos também que todos os temas relevantes para o povo brasileiro, em especial para a classe trabalhadora, sejam decididos em referendos e plebiscitos, como defendemos que seja realizado um Referendo Revogatório das Emenda Constitucional do Teto de Gastos, das Reformas da Previdência, da Reforma Trabalhista, das Privatizações. Não é admissível que a população não seja escutada em temas decisivos sobre a sua vida. No mesmo sentido, todo o debate sobre o semipresidencialismo não pode ser oportunista, pois hoje, temos um parlamento que controla diretamente parte do orçamento público, mas de forma secreta, é necessário ampliar a transparência sobre os recursos públicos. Assim, nosso posicionamento, é pela ampliação da participação popular e dos trabalhadores nos espaços de decisão.

    Leonardo Pericles (UP):

    O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Debate

    CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.