Pré-candidato ao governo de São Paulo, Márcio França é alvo de operação policial
Ex-governador disse que a operação da Polícia Civil de São Paulo é "política" e “de cunho eleitoral”
A Polícia Civil de São Paulo deflagrou hoje operação que investiga supostas fraudes em recursos destinados à Saúde. A família do ex-governador e pré-candidato ao governo do Estado neste ano, Márcio França, está entre os alvos.
Trinta mandados de busca e apreensão, autorizados pela Justiça de Santos, estão sendo cumpridos. As diretorias da Civil de Araçatuba, Sorocaba e Santos estão atuando conjuntamente na operação.
A ofensiva é um desdobramento da Operação Raio-X, que apurava desvios em organizações sociais que prestavam serviços de saúde. O alvo da ofensiva na família de Márcio França é um irmão do ex-governador, o médico Cláudio França.
Em dezembro, 11 pessoas foram condenadas por penas que variam de 49 anos a 116 anos de prisão.
Segundo as suspeitas, Cláudio integraria o núcleo político dessa organização sob investigação. O inquérito corre em sigilo.
Resposta de Márcio França
Começaram as eleições 2022. Primeira operação política.
Não há outro nome para uma trapalhada, por falsas alegações, que determinadas “autoridades”, com “medo de perder as eleições”, tenham produzido os fatos ocorridos nesta manhã em minha casa.
Toda operação policial tem nome!
Essa é uma operação política e não policial.
Ela é, evidentemente, de cunho político eleitoral.
Não tenho ou tive qualquer relação comercial ou advocatícia com as pessoas jurídicas e físicas que são alvo da investigação.
É lamentável que se comece uma eleição para o Governo de SP com estas cenas de abuso de poder político.
Já venho há tempos alertando que um grupo criminoso em SP tenta me impedir de expressar a verdade. Sabem que não compactuo com eles, que querem tomar conta do Estado de SP. Se depender de mim, não vão conseguir.
Eu não sou alvo de nenhuma operação, pois sou advogado particular, não tenho relações nem vínculo com serviços públicos. Não tenho relação com a área médica ou de saúde.
Tenho 40 anos de vida pública, não respondo a nenhum processo criminal.
Só deixarei de ser governador de SP se o povo paulista não quiser.
Não tenho medo de ameaças ou de chantagem. Em 40 anos de vida pública, já fui muitas vezes difamado e injustiçado, nunca condenado.
Aliás, já enfrentei adversários muito mais qualificados. Não vão ser os meus atuais concorrentes, notórios mentirosos, que me farão recuar.