Por comando da Câmara, União sinaliza apoio à reeleição de Lula
A ordem de Lula no Planalto e ao PT é deixar a decisão sobre apoio à presidência da Câmara dos Deputados para janeiro
A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados antecipa movimentos de olho nas eleições de 2026. A confirmação do líder do Republicanos, Hugo Motta (Republicanos-PB), como candidato obrigou uma guinada no movimento de adversários.
Elmar Nascimento (União Brasil), por exemplo, até então tido como favorito, precisou dobrar a aposta. Fontes do Planalto e do União Brasil confirmaram à CNN que o partido ofereceu ao governo aliança nacional para 2026 em troca de apoio ao líder da bancada na Câmara.
O deputado baiano conversou, recentemente, com o presidente Lula, quando reafirmou posição na disputa e uma possibilidade de acordo com o PSD por apoio mútuo. O partido de Kassab tem como candidato o líder na Câmara, deputado Antônio Brito.
Por enquanto, as duas candidaturas estão mantidas, com a ideia de empurrar a disputa pela presidência da Casa para um segundo turno, quando PSD e União Brasil se uniriam contra o candidato do Republicanos.
Na campanha de 2022, a despeito de inúmeras tentativas, Lula não conseguiu atrair o apoio do União Brasil no primeiro turno. A sigla liberou os diretórios regionais para apoiarem quem quisessem no segundo turno.
No Rio de Janeiro, Lula selou apoio do prefeito de Belford Roxo, Waguinho, que consequentemente, emplacou a mulher, a deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) no ministério do Turismo.
Atualmente, Waguinho está no Republicanos. Após uma briga local no União Brasil, Carneiro acabou substituída por Celso Sabino, nome próximo a Elmar e a Arthur Lira.
Apesar da oferta do União, a ordem de Lula no Planalto e ao PT é deixar a decisão sobre apoio para janeiro.
Aliados de Lula negam que o presidente vá influenciar o processo, embora admitam que adiar o anúncio do PT sobre a disputa dará mais força ao partido para decidir sobre um nome mais alinhado ao governo.
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