Por apoio, centrão pressiona Lula a fatiar ministérios
Partido dos Trabalhadores e presidente eleito tinham no radar a ampliação de órgãos da Esplanada
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sendo pressionado por partidos do centrão a fatiar ministérios. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deseja manter tanto o orçamento secreto, quanto ter espaço no novo governo. As informações são da âncora da CNN Daniela Lima.
Para o Ministério da Saúde, a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, era tida como certa. Entretanto, Lira reivindica uma indicação na área para ajudar a montar uma base para Lula na Câmara.
Lira nega que esteja pedindo a pasta. Mas membros da transição afirmam que a solicitação existe. Também há uma requisição de sua parte para o Ministério de Minas e Energia.
Na Educação, a governadora do Ceará, Izolda Cela (sem partido), era favorita, mas o senador eleito Camilo Santana (PT-CE) pode ficar com o posto.
O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) despontava para o Ministério da Agricultura, mas seu partido reivindica mais dois espaços: um para o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) e outro para o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ).
No Desenvolvimento Social, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) ainda é favorita, mas seu partido pede mais duas pastas. No entanto, Lula pretende ceder apenas uma.
A Economia será desmembrada em três ministérios: a Fazenda, que é de Fernando Haddad (PT); o Planejamento, que deve ter comando técnico, com a economista Esther Duek sendo o nome mais forte; e a Gestão, que terá um político.
O Ministério do Desenvolvimento Regional será dividido em: Integração Nacional e Cidades. Legendas ainda cobram recriação de Transportes ou Infraestrutura.
O Ministério das Comunicações será separado da Secretaria de Comunicação Social (Secom). O deputado federal Rui Falcão (PT) é um dos cotados para a área.
(*Publicado por Douglas Porto)