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    Por acordo com MDB, Alcolumbre abre mão de vice-presidência do Senado

    Uma ala do MDB destravou as conversas com o presidente do Senado e propôs um acordo de composição para as demais vagas na Mesa Diretora

    Bárbara Baião e Thais Arbex, da CNN, em Brasília

    Na tentativa de atrair o MDB para o arco de aliança em torno de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na disputa pela presidência do Senado, o atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu abrir mão da primeira vice-presidência e ceder o posto aos emedebistas. A ofensiva tem como pano de fundo uma possível desistência da candidatura de Simone Tebet (MDB-MS). 

    As conversas entre Alcolumbre e o MDB têm avançado, apesar de a senadora garantir que levará sua candidatura até o fim, mesmo que entre na disputa de forma “avulsa”, sem a garantia de todos os votos da própria bancada. 

    Diante do cenário de favoritismo considerado irreversível pela eleição de Rodrigo Pacheco, nome apoiado por Alcolumbre e pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), uma ala do MDB destravou as conversas com o presidente do Senado e propôs um acordo de composição para as demais vagas na Mesa Diretora. Além da primeira-vice presidência, o MDB pleiteia a segunda-secretaria, além do comando de duas comissões, incluindo a de Constituição e Justiça.  

    A primeira rodada de conversas ocorreu na terça-feira (26), entre Alcolumbre e o líder da bancada, senador Eduardo Braga (MDB-AM). Os dois voltaram a se reunir nesta terça-feira (27), desta vez com a presença de Tebet, pouco antes da reunião da bancada do MDB. 

    A ala do partido que defende a garantia de espaços nessa conjuntura se respalda na proporcionalidade, já que o MDB é a maior bancada, com 15 senadores. Segundo relatos feitos à CNN, Alcolumbre também teria reconhecido, em conversa com emedebistas, que a articulação pode ser importante para garantir governabilidade na aprovação de temas de interesse do Palácio do Planalto. 

    A avaliação é a de que, embora Pacheco conte com um amplo arco de alianças, que inclui as bancadas do PT e do PDT, essa base não estará unida em todas as pautas – principalmente quando voltar à tona a agenda de reformas. Nesse cenário, ter o MDB como aliado tende a ser determinante.

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