Polícia Federal nega morte de idosa entre detidos após atos criminosos em Brasília
Vídeos com a informação, gravados no local, mas sem indícios da suposta morte, têm circulado em grupos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
A Polícia Federal negou que uma pessoa presa após os atos criminosos ocorridos no domingo (08), em Brasília, tenha morrido enquanto esperava para ser ouvida na Academia da PF, para onde todos os envolvidos no caso foram levados.
Vídeos com a informação, gravados no local, mas sem indícios da suposta morte, têm circulado em grupos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nas gravações, são feitas denúncias de “violação dos direitos humanos”.
Uma fotografia, com as informações sobre a falsa morte, também está sendo compartilhada na internet.
No entanto, a imagem usada é de um banco internacional de fotografias usadas para propaganda.
A neta da mulher fotografada profissionalmente chegou a usar as redes sociais para reclamar do uso indevido da imagem.
O esposo da neta e autor da fotografia, Eduardo Carvalho, foi às redes sociais criticar o uso mal intencionado da publicação e pedir que denunciem o uso indevido.
“24/12/18 foi o dia que essas fotos foram tiradas! Editadas e colocadas em um banco de imagens em 2019. Deolinda Tempesta Ferracini faleceu dia 10/10/22. Obrigado aos jornais que antes de postarem fake news estão vindo atrás de nós, familiares, para maiores esclarecimentos”, escreveu.
A Polícia Federal rebateu ainda as denúncias de que os detidos não estariam recebendo atendimento adequado. Segunda a corporação, todos estão tendo acesso à alimentação e contato com advogados.
Sobre as ocorrências de saúde, os casos estão sendo atendidos por socorristas e as situações que demandam mais cuidados são encaminhadas para unidade de saúde mais próxima.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, até o momento, 19 pacientes foram transferidos da Academia Nacional de Polícia para o Hospital Regional de Sobradinho (HRS) e para a UPA da cidade.
“A SES destaca que não houve atendimento grave ou óbito de paciente”, finaliza a pasta.