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    Polícia Federal investiga corrupção e tráfico de influência no DNIT

    Agentes investigam atuação de lobistas que favoreciam uma empresa operadora de portos secos no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)

    Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
    Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Marcello Casal Jr / Agência Brasil

    Vianey Bentesda CNN

    em Brasília

    A Polícia Federal (PF) cumpre 14 mandados de busca e apreensão na Operação Daia, deflagrada nesta terça-feira (24). Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal, em Goiás, Tocantins, São Paulo e Distrito Federal, para investigar a atuação de lobistas que favoreciam uma empresa operadora de portos secos no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

    A Justiça determinou também o bloqueio de valores e afastamento dos servidores de suas funções. Entre os alvos da operação está o diretor de Infraestrutura Ferroviária, Marcelo Almeida Pinheiro Chagas. A PF fez buscas na sede do DNIT e na casa de Chagas, que foi afastado do cargo por determinação da Justiça Federal.

    De acordo com as investigações, desde que venceu a licitação da Receita Federal para explorar o Porto Seco de Anápolis, em Goiás, a empresa suspeita passou a ter problemas na fase de habilitação em relação ao terreno para construção do Porto Seco.

    Para superar esse problema, a empresa teria contratado lobistas para adquirir um terreno do DNIT, no Distrito Industrial de Anápolis, por um preço abaixo do mercado.

    Ainda segundo a investigação, os lobistas usavam o pagamento de propina para arregimentar servidores do DNIT, que cuidavam dos interesses da empresa junto ao órgão.

    O terreno avaliado em R$ 11 milhões pelo DNIT, valor muito abaixo do mercado que era de R$ 44 milhões, conforme a PF. Os envolvidos no caso, vão responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e associação criminosa. E a operação contou com o apoio da Subsecretaria de Conformidade e Integridade do Ministério da Infraestrutura.

    Pelas redes sociais, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, comentou a operação da PF. “Essa operação foi feita em parceria com nossa Subsecretaria de Conformidade e Integridade, criada por nós em 2019 e comandada pela delegada da PF, Fernanda Oliveira”, escreveu.