Polícia do RJ analisará imagens de câmeras do condomínio de Dilma Rousseff
O apartamento foi encontrado com sinais de arrombamento na última semana
A Polícia Civil do Rio de Janeiro vai analisar as imagens registradas pelas câmeras de vigilância do condomínio onde a ex-presidente Dilma Rousseff tem um apartamento, em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Vizinhos da unidade perceberam no último sábado (28) que a porta do imóvel apresentava sinais de arrombamento. Dilma foi avisada por vizinhos da unidade e um advogado da ex-presidente registrou a ocorrência na 14ª DP (Leblon).
Diretor-geral de Polícia Civil da capital, o delegado Antenor Lopes afirmou que as câmeras do condomínio não registram as áreas internas, apenas as de maior movimento, como garagem, portaria e as imediações dos acessos. No entanto, os posicionamentos mostram quem teve acesso ao condomínio, o que pode ajudar a esclarecer o episódio.
“São as imagens de 15 dias porque foi a última vez que a assessora dela esteve no imóvel. O apartamento estava vazio e, aparentemente, nada foi levado. A assessora prestou depoimento e vizinhos ainda serão intimados. A perícia já foi feita e os vizinhos serão intimados”, afirma Lopes.
Procurada pela CNN, a delegada Bianca Xavier, titular da 14ª DP, não descartou a possibilidade de chamar Dilma para um depoimento.
O apartamento de três quartos pertencia havia décadas a Dilma Jane Rousseff, mãe da ex-presidente. A família costumava passar temporadas no local. Em 2016, após o impeachment, a petista anunciou que moraria no imóvel, quando se dividiria entre o Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Dilma Jane morreu em julho de 2019, em Belo Horizonte, aos 95 anos. Na ocasião, a ex-presidente já estava com domicílio eleitoral em Minas Gerais e, em 2018, concorreu ao cargo de senadora, mas ficou em quarto lugar e não foi eleita. Havia apenas duas vagas.
Quando tomou conhecimento do contato com os vizinhos sobre o arrombamento da porta do apartamento, em Ipanema, Dilma não quis se manifestar e preferiu aguardar o andamento das investigações. No entanto, a assessores próximos, relatou surpresa sobre o episódio, principalmente pelo fato de não terem levado nada da unidade, localizada em um prédio antigo, que fica a 200 metros da orla.
Assessores afirmam que a ex-presidente não frequenta o imóvel desde o início de 2020, devido à pandemia, mas que ele costumava ser utilizado como cenário das entrevistas de Dilma Rousseff para a imprensa internacional.