Polícia Civil do DF investiga agentes que participaram de ataques em Brasília
Informação foi dada pelo interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli
O interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli, afirmou nesta quinta-feira (12) que a Polícia Civil do Distrito Federal abriu investigação para apurar “eventuais desvios de conduta” de agentes da corporação que tenham participado dos atos criminosos contra os Três Poderes em Brasília, no último dia 8.
Cappelli garantiu, porém, que tem “plena confiança em nossos homens e mulheres”. Mas advertiu que “eventual desvio de alguns será apurado e punido”.
A Polícia Civil do DF abriu investigação para apurar eventuais desvios de conduta de agentes da corporação que tenham participado dos atos do último dia 8. Reafirmo que tenho plena confiança em nossos homens e mulheres. O eventual desvio de alguns será apurado e punido.
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) January 12, 2023
Na segunda-feira (9), Cappeli tirou o coronel Fábio Augusto Vieira do comando da Polícia Militar do DF. No dia seguinte, Vieira teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Moraes também decretou a prisão de Anderson Torres, que ocupava o cargo de secretário de Segurança do Distrito Federal no dia dos atos criminosos.
Em sua decisão, o magistrado afirmou que o comportamento de Torres e do coronel Fábio Augusto “são gravíssimos e podem colocar em risco, inclusive, a vida do presidente da República, dos deputados federais e senadores e dos ministros do Supremo”.
Moraes acatou um pedido feito pela Polícia Federal e alertou que houve omissão por parte das autoridades da segurança pública no DF.
“No caso, o dever legal decorre do exercício do cargo de Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e de Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, e a sua omissão ficou amplamente comprovada pela previsibilidade da conduta dos grupos criminosos e pela falta de segurança que possibilitou a invasão dos prédios públicos”, disse Moraes.
(Publicado por Fábio Munhoz)