Planalto vê fala de Lira como pedido para trocar Ernesto Araújo
Para interlocutores de Lira, intenção do discurso pede uma mudança na interlocução internacional do país que facilite a negociação por vacinas e insumos
O governo enxergou na fala do presidente da Câmara, Arthur Lira, de que o Congresso tem “remédios amargos, porém fatais” para a crise como um sinal claro de que é necessária a troca do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Para interlocutores de Lira, a intenção do discurso foi mais do que pedir a saída de Araújo, mas uma mudança na interlocução internacional do país que facilite a negociação por vacinas e insumos. Em especial com os dois principais produtores, China e Estados Unidos, com quem o chanceler, na avaliação dessa fonte muito próxima a Lira, não tem legitimidade para negociar.
Nesse sentido, a fala tem ainda o recado para que seja feita mudança no Ministério do Meio Ambiente, tendo em vista que a agenda ambiental é prioridade do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O Congresso tenta negociar com o governo americano para importar vacinas que estão estocadas no país e enxerga que é preciso um gesto para facilitar as tratativas.