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    Planalto contabiliza maioria contra cassação, mas teme avanço de inquérito sobre urnas

    Interlocutores do presidente disseram à CNN que pelo menos quatro ministros da Corte devem votar pela rejeição das ações

    Caio Junqueira

    O Palácio do Planalto aposta em uma vitória no julgamento de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que começa nesta terça-feira (26).

    Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disseram à CNN que pelo menos quatro ministros da Corte devem votar pela rejeição das ações apresentadas pelo PT com a acusação de que disparos em massa de WhatsApp nas redes sociais beneficiaram a chapa em 2018. Com isso, estaria formada uma maioria, tendo em vista que são sete ministros que compõem a Corte.

    A avaliação, porém, é a de que uma possível absolvição não tirará Bolsonaro do cerco do Judiciário. O problema, segundo seus assessores, está no inquérito administrativo aberto para apurar a live em que o presidente atacou a segurança das urnas eletrônicas.

    O processo que tramita sob segredo de justiça é considerado dentro da Corte como o caminho mais viável para que o Judiciário mantenha o cerco a Bolsonaro.

    Outro julgamento

    Essa avaliação cresceu após um julgamento iniciado e depois suspenso pela Corte que avalia a cassação do deputado estadual Fernando Francischini, do PSL do Paraná. Ele disse no dia da eleição em 2018 em uma live que duas urnas eletrônicas estavam fraudadas e não contabilizavam votos em Bolsonaro.

    Três ministros já votaram pela cassação, bastando apenas mais um para formar maioria. Se isso ocorrer, se estabelece a jurisprudência de que propagar fake news que coloquem a lisura de uma eleição em xeque pode resultar em cassação de mandato.

    Nesse sentido, há uma expectativa de que o TSE, no julgamento da chapa de Bolsonaro, reforce essa leitura. Isso porque boa parte das provas compartilhadas pelo STF com o TSE se referem ao inquérito das fake news.

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