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    PGR usa tweet antigo de Moraes para contestar decisão contra empresários

    Vice-procuradora-geral usa mensagem antiga em que o ministro questiona reportagem de jornalista que publicou supostas conversas de bolsonaristas em grupo de WhatsApp

    Gabriel HirabahasiGabriela Coelhoda CNN , Em Brasília

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) usou publicações antigas do próprio ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nas redes sociais para contestar a decisão que embasou a operação contra empresários bolsonaristas em agosto.

    No recurso apresentado ao STF, a PGR anexou um tweet de Moraes contra o jornalista autor da reportagem que foi usada como base pela Polícia Federal no pedido feito ao Supremo para realizar a operação contra os seis empresários.

    Na publicação citada, Moraes o acusa de publicar uma notícia falsa. O tweet é de setembro de 2020 e se refere a uma reportagem que dizia que o ministro teria contraído a Covid-19

    “Informo que é mentirosa e inconsequente a nota da revista época do colunista Guilherme Amado, que deveria ser mais profissional e ter mais cuidado antes de espalhar fake news. Me submeti ao exame necessário, após a posse do Presidente do STF, e o resultado foi negativo”, disse Moraes, à época.

    A PGR usa esse tweet para sugerir que uma reportagem não deveria embasar uma investigação como a proposta contra os empresários.

    “É importante destacar que o Exmo. Ministro Relator, em 26/09/2020, às 16:19h, assim se referiu em seu Twitter ao mesmo colunista Guilherme Amado, que agora embasa a presente investigação e as medidas cautelares restritivas”, disse Lindôra Maria Araújo.

    “O supramencionado desabafo do Exmo. Ministro seria suficiente para um olhar mais aprofundado acerca da veracidade da pretensa existência de uma conspiração criminosa de empresários e das terríveis consequências desse leviano ato jornalístico que deu ensejo à instauração de uma investigação e à decretação de diversas medidas cautelares nesta Petição”, completa.

    A vice-procuradora-geral da República afirma que os fatos narrados na reportagem publicada por Amado, que atualmente trabalha no portal Metrópoles, deveriam ter sido apurados e averiguados “por meio de diligências prévias e preliminares”.

    Lindôra afirma que “a veracidade e autenticidade das informações” deveriam ter sido confirmadas antes de ter sido decretada a operação.

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