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    PGR recorre de suspensão das investigações da Lava Jato sobre Serra

    Órgão afirma que apurações se limitam a fatos anteriores ao exercício de mandato de senador do tucano

    Gabriela Coelho

    Da CNN, em Brasília

    A Procuradoria Geral da República apresentou ao Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (4) um recurso contra a decisão do presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, que suspendeu investigações da operação Lava Jato sobre o senador José Serra (PSDB-SP).

    “A operação em questão, como visto, apura fatos anteriores ao exercício do mandato atual de Senador da República. Não obstante a medida cautelar tenha sido determinada pela autoridade reclamada com escopo de coletar provas referentes a tais fatos, a  extrema amplitude da ordem de busca e apreensão, cujo objeto abrange computadores e quaisquer outros tipos de meio magnético ou digital de armazenamento de dados, impossibilita, de antemão, a delimitação de documentos e objetos que seriam diretamente ligados desempenho da atividade típica do atual mandato do Senador da República”, diz a PGR em trecho da ação. 

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    No dia 29 de julho, o presidente do STF, Dias Toffoli, ordenou a suspensão das investigações sobre supostos esquemas de caixa dois e de lavagem de dinheiro envolvendo o senador José Serra (PSDB-SP). Nos dois casos, Toffoli determinou a suspensão das investigações até a análise do ministro Gilmar Mendes, relator dos dois processos.

    O presidente do Supremo contestou de forma similar as decisões da Justiça Eleitoral de São Paulo e da Justiça Federal de São Paulo que autorizaram, respectivamente, as investigações sobre caixa dois e lavagem de dinheiro envolvendo o senador.

    Para Toffoli, as ordens de busca e apreensão concedidas pela Justiça em ambas as investigações são muito amplas, o que poderia incluir o período de Serra como senador. Assim, se estiverem sendo investigados supostos crimes cometidos pelo político durante o mandato no Congresso e ligados às atividades parlamentares, os processos teriam que correr no STF.