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    PGR pede mais informações para decidir se denuncia influenciador bolsonarista

    Ivan Rejane Fonte Boa Pinto está preso preventivamente por causa de ataques proferidos contra ministros do STF e políticos de esquerda

    Prédio da Procuradoria-Geral da República (PGR) e Ministério Público Federal (MPF)
    Prédio da Procuradoria-Geral da República (PGR) e Ministério Público Federal (MPF) João Américo/Secom/PGR

    Gabriel HirabahasiGabriela Coelhoda CNN em Brasília

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu, nesta sexta-feira (19), que sejam realizadas mais apurações no caso do influenciador bolsonarista Ivan Rejane Fonte Boa Pinto antes de decidir se apresenta uma denúncia contra ele ou não.

    A PGR pediu também que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize a PF a analisar o teor de mensagens trocadas e identifique todos os integrantes do grupo no Telegram “Caçadores de ratos do STF”, cujo autor seria o bolsonarista.

    Ivan Rejane está preso preventivamente por causa de ataques proferidos contra ministros do STF e políticos de esquerda. Nas redes sociais, foram identificados vídeos e mensagens do influenciador convocando pessoas para “caçar” os magistrados por exemplo.

    Conforme a ação, a PGR afirma que “reputa necessárias imprescindíveis diligências investigativas complementares, especialmente em relação ao delito de associação criminosa”.

    A Polícia Federal (PF) acusou Ivan Rejane de ter cometido crimes contra o Estado Democrático de Direito e de organização criminosa.

    “A autoridade policial [Polícia Federal] indiciou o investigado pelo cometimento do crime de associação criminosa, mas não identificou quais seriam os seus integrantes, além do indiciado”, argumentou a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, que assina o documento.

    Segundo a PGR, “com a identificação apenas de Ivan Rejane como autor de fatos delitivos, não é possível, no atual momento, confirmar a existência de uma associação criminosa”.

    Lindôra afirma, porém, que, a depender do futuro das investigações, especialmente se forem identificados os demais integrantes do grupo no Telegram “Caçadores de ratos do STF”, será possível decidir pela apresentação de denúncia da PGR contra Ivan Rejane.

    “Diante do exposto, o Ministério Público Federal requer, a título de diligências complementares, que a Polícia Federal realize a análise do teor de mensagens trocadas e identifique todos os integrantes do grupo no Telegram ‘Caçadores de ratos do STF'”, pediu Lindôra.

    A Polícia Federal afirmou, em relatório encaminhado ao Supremo nesta semana, que identificou arquivos de vídeos no celular de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto que indicam que ele “agiu de forma consciente e voluntária para tentar abolir o estado democrático de direito propondo a retirada, mediante violência e/ou grave ameaça, dos ministros do STF Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Luiz Fux, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Rosa Weber, com isso impedindo o livre exercício do órgão de cúpula do Poder Judiciário”.

    Ivan Rejane Pinto foi preso pela Polícia Federal em 22 de julho, em Belo Horizonte, por decisão de Alexandre de Moraes, acusado de veicular informações falsas sobre a atuação da Corte. Ele chegou a resistir à prisão.

    Nas postagens em redes sociais que embasaram a prisão, o acusado fez diversos ataques a Luiz Inácio Lula da Silva, Gleisi Hoffmann e Marcelo Freixo, além de criticar ministros do STF indicados pelo PT.