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    PGR pede ao STF acesso a relatórios da Abin sobre preparação do 8 de janeiro

    Órgão quer cópias de documentos de inteligência feitos entre 1º e 8 de janeiro que tenham relação com os atos

    Lucas Mendesda CNN , em Brasília

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, nesta terça-feira (2), ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o acesso aos relatórios de inteligência que estejam com a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), do Senado Federal, sobre os atos de 8 de janeiro.

    O pedido é assinado pelo subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, que lidera as investigações na PGR sobre os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

    Santos também solicitou a Moraes que mande a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) entregar cópias de “todos os relatórios de inteligência, relatórios informativos e registros de informação, produzidos entre 1º e 8 de janeiro de 2023” e que tenham relação com os atos contra as sedes do Palácio do Planalto, STF e Congresso.

    Na solicitação, Santos disse que os documentos “interessam à elucidação dos fatos em apuração”. Também afirmou que não há mais necessidade de sigilo sobre o material.

    Os relatórios, conforme o subprocurador-geral, tinham a finalidade de alertar sobre o risco de atos em janeiro de 2023.

    O jornal Folha de S.Paulo noticiou na sexta-feira (28) que informes de inteligência da Abin sobre a possibilidade de ataques aos prédios dos Três Poderes foram enviados a integrantes do governo federal por mensagens de WhatsApp.

    Em depoimento à Polícia Federal em 21 de abril, o general Gonçalves Dias – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) – apontou que a Abin não o informou com antecedência sobre qualquer risco de que as manifestações de 8 de janeiro seriam violentas.

    Indagado se recebeu informações de inteligência da Abin a respeito do aumento de fluxo de ônibus e chegada de pessoas após 6 de janeiro a Brasília, Dias afirmou “que não recebeu qualquer relatório de inteligência que envolvessem os atentados do dia 8 de janeiro”, disse em depoimento ao qual a CNN teve acesso.

    O depoimento do general foi marcado por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, após a divulgação de imagens exclusivas pela CNN que mostram “GDias”, como é conhecido, no Palácio do Planalto, durante os atos criminosos de 8 de janeiro. Com a repercussão do caso, ele pediu demissão em 19 de abril.

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