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    PGR pede abertura de inquérito contra Weintraub por preconceito e discriminação

    O ministro da Educação ridicularizou o sotaque chinês e sugeriu que a China, de propósito, pode se fortalecer com a pandemia do novo coronavírus

    Gabriela Coelho e Daniel Adjuto, da CNN, em Brasília

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (14), a abertura de um inquérito contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para investigar a ocorrência do crime de preconceito ou discriminação depois de publicação no Twitter sobre chineses. 

    Na semana passada, o ministro da Educação ridicularizou o sotaque chinês e sugeriu que a China, de propósito, pode se fortalecer com a pandemia do novo coronavírus. O embaixador da China no Brasil cobrou uma resposta oficial do governo.

    O texto de Weintraub imitava a fala do personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, que, ao falar, troca a letra “R” pela “L”. O ministro ridicularizou o fato de alguns chineses, quando falam português, efetuarem a mesma troca de letras.

    Na postagem, Weintraub insinuou que a China vai sair “relativamente fortalecida” da crise do coronavírus e que isso condiz com os planos do país de “dominar o mundo”. Disse ainda que haveria, no Brasil, parceiros dos chineses nesse objetivo.

    O pedido atende a uma solicitação do PSOL e foi feito pelo vice-procurador-geral da República Humberto Jacques de Medeiros. Caso o STF acolha a abertura do inquérito, a PGR poderá realizar diligências, ouvir o ministro e testemunhas. Ao final, o vice-PGR vai decidir se é o caso de denunciar o ministro da Educação ao STF pelo crime. A pena é de um a três anos de reclusão e multa.

    A CNN procurou o MEC para saber se Weintraub quer se manifestar sobre o pedido da PGR e aguarda resposta. 

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