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    PGR investiga se Bolsonaro “instigou” atos criminosos do 8 de janeiro

    Investigação foi o motivo de a PGR ter solicitado que as plataformas digitais informem se as 244 pessoas denunciadas por participação no ataque aos Três Poderes são ou já foram seguidores do ex-presidente

    Raquel Landimda CNN , em São Paulo

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) instigou os atos criminosos de 8 de janeiro.

    Segundo o subprocurador que coordena a força tarefa das investigações, Carlos Frederico dos Santos, esta investigação foi o motivo de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as plataformas digitais informem se as 244 pessoas que já foram denunciadas por participação no ataque aos Três Poderes de 8 de janeiro são ou já foram seguidores do ex-presidente.

    “Estamos reunindo elementos para saber se Bolsonaro instigou essas pessoas e se ele teve essa intenção. Uma autoridade com milhões de seguidores deveria saber o alcance dos seus atos”, disse o subprocurador à CNN. 

    Antes, em 17 de julho, a PGR havia pedido ao STF que as plataformas enviassem uma lista completa com os nomes e dados de identificação dos seguidores de Bolsonaro nas redes sociais. O fato teve ampla repercussão negativa, o que levou a PGR a mudar a solicitação.

    Aliados de Bolsonaro ouvidos pela CNN refutam completamente a acusação de incitação. O argumento deles é que seguir alguém na internet não significa uma associação direta com essa pessoa, nem uma relação obrigatória de influência.

    Procurada pela CNN, a defesa do ex-presidente não se manifestou.

    Bolsonaro investigado

    A investigação ocorre no âmbito do inquérito que investiga o ataque aos Três Poderes. Até então, Bolsonaro era investigado apenas por uma publicação feita em seu perfil no Facebook em 10 de janeiro.

    Na ocasião, ele postou uma desinformação em que contestava o resultado eleitoral e dizia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teria sido eleito pelo povo, e apagou o post horas depois.

    Uma representação assinada por integrantes do Ministério Público Federal (MPF) sugere que, ao fazer a publicação questionando a regularidade das eleições, ele teria feito incitação pública à prática de crime.

    A PGR argumentou na ocasião que a conduta do ex-presidente deveria ser investigada, mesmo tendo sido feita depois do dia dos atos de 8 de janeiro.

    Pelo caso, Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal (PF) em 26 de abril. Aos investigadores, ele disse que fez a postagem por erro, e que não tinha interesse em publicar o material.

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