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    Eleições 2022

    PGR deve firmar acordo com Congresso para agilizar apurações sobre violência contra políticos

    O assunto foi discutido em reunião ocorrida entre o procurador-geral da República, Augusto Aras, o senador Humberto Costa (PT-PE) e a deputada Érica Kokay (PT-DF)

    Em janeiro de 2022, a vereadora de Niterói Benny Briolly (PSOL) recebeu ameaças contra sua vida
    Em janeiro de 2022, a vereadora de Niterói Benny Briolly (PSOL) recebeu ameaças contra sua vida Foto: Reprodução/Instagram

    Carolina Brígido

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve firmar um acordo com o Congresso Nacional nos próximos dias com o objetivo de agilizar investigações sobre violência cometida contra políticos brasileiros. O assunto foi discutido em uma reunião ocorrida nesta terça-feira entre o procurador-geral da República, Augusto Aras, o senador Humberto Costa (PT-PE) e a deputada Érica Kokay (PT-DF). Tanto a PGR quanto os parlamentares informaram à CNN que esse acordo está em vias de ser firmado.

    Os parlamentares apresentaram a Aras um relatório com 69 casos de violência cometida contra políticos e militantes. A maior parte das vítimas é mulher, negra ou integrante da comunidade LGBTQIA+. Segundo Costa, muitos casos não foram apurados judicialmente. A intenção do acordo é que as investigações sejam realizadas e os responsáveis, punidos.

    A preocupação dos parlamentares com o tema aumenta, à medida em que as eleições se aproximam. Segundo Costa, o mais provável é que esse tipo de crime seja mais frequente durante as campanhas deste ano. O senador contou que Aras designou um assessor para conduzir o tema e redigir o acordo, que deve ser firmado em breve com o Senado e a Câmara dos Deputados.

    A maior parte dos casos de violência listados no relatório ocorreu a partir de 2020. Entre eles, está o da deputada estadual de São Paulo Isa Penna (PSOL), que foi assediada pelo então deputado estadual Fernando Curi (Cidadania) em dezembro de 2020. Durante a sessão, ele se aproximou por trás e tocou o seio da colega.

    Em janeiro de 2022, a vereadora de Niterói Benny Briolly (PSOL) recebeu ameaças contra sua vida. A parlamentar recebeu um e-mail com o título: “Presentinho para o vereador Benny Briolly”, se referindo a esta com pronomes masculinos. A mensagem também acompanhava a foto de uma arma e munição.