Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    PGR defende poder de Nunes Marques para decidir sobre cultos presenciais

    Gabriela Coelho, da CNN, em Brasília

     O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (5) que a ação sobre a realização de cultos em São Paulo seja enviada para o ministro Nunes Marques, relator de outra ação semelhante e mais antiga. 

    “A verificação das datas de propositura e de distribuição, bem como a caracterização da coincidência de objetos das ações recomenda seja a ADPF 811/SP redistribuída, por prevenção/dependência, ao Ministro Nunes Marques, Relator da ADPF 701/MG (mais antiga), nos termos dos arts. 77-B do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, como forma de prestigiar a racionalidade da prestação jurisdicional e de promover segurança jurídica, conferindo maior organicidade ao tema em discussão, bem como à solução a ser emprestada pelo Supremo Tribunal Federal à controvérsia de relevante interesse jurídico e social”, diz Aras. 

     Mais cedo nesta segunda-feira (5), o ministro Gilmar Mendes a concessão de uma liminar (decisão provisória) para suspender o decreto do governo de São Paulo que proíbe celebrações religiosas no estado diante do aumento expressivo dos casos e mortes pela Covid-19. O ministro enviou o caso ao plenário da Corte.

    O ministro Kassio Nunes Marques
    O ministro Kassio Nunes Marques
    Foto: Fellipe Sampaio – 05.nov.2020 / SCO – STF

    A decisão vai contra o entendimento do ministro do STF Nunes Marques, que determinou neste sábado (3), em caráter liminar, que governadores e prefeitos não podem proibir a celebração de atos religiosos desde que preservados protocolos sanitários, entre eles, lotação máxima de 25% da capacidade do local.

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, prevê que a liberação ou não de cultos religiosos durante a pandemia será definida pelo plenário da Corte na quarta-feira (7), apesar de a votação sobre o tema ainda não estar oficialmente marcada.

    A Advocacia-Geral da União (AGU) afirma que a entidade não tinha legitimidade para propor a ação. À CNN, a presidente da Anajure afirmou nesta segunda-feira (5) que ficou surpresa com a decisão com a decisão favorável tomada por Nunes Marques.