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    PF vai apurar origem do dinheiro usado para “recomprar” joias recebidas por Bolsonaro

    Segundo as investigações, joias foram "recompradas" por pessoas ligadas a Bolsonaro logo depois que o TCU determinou que o material ficasse sob guarda da União

    Thais ArbexLeonardo Ribbeiroda CNN , Em Brasília

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal a investigar a origem do dinheiro usado para comprar de volta as joias recebidas de presente pela Presidência da República e vendidas no exterior.

    A investigação apontou que o procedimento foi feito pelo advogado Frederick Wassef, que já representou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em outros processos judiciais.

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    Segundo o processo, é preciso esclarecer “os valores pagos para recuperação dos bens, a origem dos recursos utilizados para recuperação dos bens, a participação de outras pessoas nos crimes investigados e a existências de novos bens desviados do acervo público”.

    O objetivo é investigar crimes como peculato e lavagem de capitais. De acordo com os investigadores, a apuração terá sequência com a quebra dos sigilos fiscal e bancário de outros possíveis envolvidos.

    As joias em questão foram “recompradas” por pessoas ligadas a Bolsonaro logo depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o material ficasse sob guarda da União.

    Diante da decisão do TCU, o ex-presidente alegou que as joias estavam guardadas num depósito na casa do ex-piloto e empresário Nelson Piquet, de quem Bolsonaro é amigo. Logo depois cumpriu a determinação e as devolveu. A CNN tenta contato com Piquet para obter um posicionamento, mas ainda não recebeu resposta.

    O que diz a defesa de Bolsonaro

    O advogado Fábio Wajngarten, que atua na defesa de Jair Bolsonaro, disse à CNN que ele e seus colegas do time jurídico do ex-presidente não sabiam da operação de recompra de um relógio Rolex nos Estados Unidos.

    De acordo com Wajngarten, que foi secretário de comunicação do governo Bolsonaro, ele estava dando uma orientação jurídica a Cid sobre como proceder, mas desconhecia o paradeiro das joias.

    “A defesa não sabia. Eu estava ali para orientá-los a se antecipar a uma decisão que o TCU tomaria, pegar as joias e entregar. Só isso. Eu não sabia onde elas estavam”, afirmou à CNN.

    Questionado o motivo de não ter perguntado o paradeiro das joias, Wajngarten afirmou que não cabia a ele essa pergunta naquele momento.

    A CNN aguarda posicionamentos dos demais envolvidos.

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