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    PF faz operação contra possíveis financiadores de invasão e tentativa de atentado no aeroporto de Brasília

    Dois casos de invasão na área restrita do desembarque foram registrados em dezembro do ano passado, depois da eleição.

    Elijonas Maiada CNN , em Brasília

    A Polícia Federal (PF) deflagrou na madrugada desta quinta-feira (6) uma operação para apurar dois casos de invasão de áreas restritas do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, e possível ligação com o atentado à bomba frustrado em dezembro do ano passado.

    A ação, batizada de “Embarque Negado”, investiga possíveis financiadores desses atos de invasão e cumpre seis mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em Marabá (PA) e Água Boa (MT).

    A primeira invasão investigada foi em 2 de dezembro do ano passado, quando um grupo entrou na área restrita para protestar contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições. Os invasores ocuparam uma das salas de embarque doméstico e se identificaram como indígenas, integrantes dos povos Xavante, de Mato Grosso, e Kaiapó, do sul do Pará.

    A PF informou que uma segunda invasão teria ocorrido na semana seguinte, em 8 de dezembro. A Inframerica, no entanto, não registrou o caso.

    Duas semanas depois das entradas ilegais, as polícias Militar e Civil do Distrito Federal encontraram um caminhão-tanque com uma bomba instalada próximo ao local. George Washington de Oliveira Sousa foi preso em flagrante e confessou ser dono do explosivo.

    Operação da Polícia Civil

    A possível ligação de grupos indígenas com o plano de atentado à bomba também já é investigado pela Polícia Civil do DF (PCDF).

    Em 14 de abril deste ano, a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado cumpriu seis mandados de busca e apreensão no Pará, nas cidades de Redenção, São Félix do Xingu, Marabá e Xinguara, e recolheu documentos, aparelhos celulares, computadores e outros equipamentos eletrônicos vinculados aos suspeitos, assim como demais provas.

    Os acusados

    George Washington de Oliveira Sousa foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJ-DFT) por ter participado do plano de produzir a bomba e colocá-la próximo ao aeroporto de Brasília.

    Segundo a investigação, Washington seria o responsável pela montagem do dispositivo e por entregá-lo a Alan Diego dos Santos Rodrigues, que faria a instalação. Rodrigues também foi condenado e confessou o crime. A polícia investiga a relação de Alan Diego com os grupos que invadiram o aeroporto.

    Um terceiro acusado, Wellington Macedo de Souza, continua foragido. A investigação aponta que ele deu carona a Alan Diego Rodrigues até o aeroporto.

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