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    PF pede ao STF que Telegram envie dados de grupo de preso ao atacar ministros

    Ivan Rejane Fonte Boa Pinto foi preso em julho após a divulgação de vídeos e mensagens em que ele atacava STF e políticos de esquerda

    Gabriel Hirabahasi

    A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal, nesta quarta-feira (14), autorização judicial para que o Telegram encaminhe dados cadastrais de 141 integrantes de um grupo do qual participava Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, homem preso em julho após a divulgação de vídeos e mensagens em que ele atacava ministros do STF e políticos de esquerda.

    “A Polícia Federal, por meio deste subscritor, sugere a pertinente autorização judicial para que a empresa Telegram encaminhe os dados cadastrais e o conteúdo das mensagens publicadas no grupo denominado ‘Caçadores de ratos do STF’, dos seguintes usuários identificados”, afirma o delegado Fabio Alvarez Shor, logo antes de listar os 141 usuários que faziam parte do grupo.

    Em manifestação encaminhada ao Supremo nesta quarta (14), a Polícia Federal afirma que “foi possível localizar os seus integrantes, mas sem qualquer dado qualificativo que permita a identificação das pessoas que integram ou integraram o grupo denominado ‘Caçadores de ratos do STF'”.

    Em relatório anexado na manifestação, um agente da PF relata a dificuldade em se obter a identificação dos integrantes do grupo, como determinou o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, em agosto deste ano.

    “Utilizando-se de técnicas investigativas, constatamos que a maioria dos participantes do grupo não possuem o número telefônico e/ou nome de usuário associado, sendo diversos deles identificados tão somente pelo nome fornecido (Ex: “Jean”). Por esse motivo, a opção (para qualificá-los) de fato recai sobre os dados eventualmente armazenados pelo próprio Telegram quando da criação da conta”, relatou o agente Diego Sant Ana.

    Esses dados foram obtidos a partir de um link de acesso ao grupo investigado. A partir disso, os investigadores conseguiram identificar esses 141 usuários ativos. A PF explica que não foi possível obter informações pelo aplicativo Telegram armazenado no celular de Ivan Rejane que foi apreendido, uma vez que ele estava sem dados armazenados.

    “A investigação também identificou trocas de mensagens de Ivan Rejane por meio do aplicativo WhatsApp. Nesse sentido, a empresa META INC. foi oficiada para encaminhar os dados cadastrais dos interlocutores identificados nas mensagens com conteúdo ilícito. Até o presente momento, aguarda-se o encaminhamento dos dados requisitados”, relatou o delegado Fabio Alvarez Shor.

    A PF pediu que seja prorrogado o prazo para concluir essas diligências. Inicialmente, no dia 22 do mês passado, Moraes havia dado 15 dias para a Polícia Federal realizar essas ações.

    Também nesta quarta (14), Moraes mandou a Procuradoria-Geral da República se manifestar sobre um pedido feito pela defesa de Ivan Rejane para revogar sua prisão preventiva.

    O advogado Tarcísio Maciel Chaves de Mendonça, que atua na defesa de Ivan Rejane, pediu ao STF, na terça (13), que a prisão preventiva fosse revogada, uma vez que a acusação que embasou o pedido de prisão preventiva era o risco presente por causa dos atos de 7 de Setembro e possíveis atos de violência praticadas nessa data –o que não aconteceu.

    A CNN busca contato com a defesa de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto para se manifestar sobre o caso. Esta reportagem será atualizada caso haja resposta.

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