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    PF ouviu diretora da Precisa em inquérito que apura compra da Covaxin

    Investigação ocorre após pedido do Ministério da Justiça à Polícia Federal

    Diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Batista de Souza Medrades
    Diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Batista de Souza Medrades Foto: Pedro França/Agência Senado (13.jul.2021)

    Vianey Bentes e Julliana Lopes, da CNN em Brasília

    A diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, que depõe na CPI da Pandemia nesta terça-feira (13), prestou depoimento à Polícia Federal na segunda-feira (11) no inquérito que investiga a negociação de compra da vacina Covaxin pelo governo federal.

    Esse inquérito foi aberto a pedido do Ministério da Justiça. Em outro inquérito, a PF apura suposto crime de prevaricação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que teria sido avisado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) sobre irregularidades no contrato da aquisição do imunizante.

    Nesta terça-feira (13), Medrades chegou ao Senado amparada por um habeas corpus concedido por Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal. O documento permitiu que a depoente permanecesse em silêncio na Comissão para não produzir provas contra ela mesma no inquérito em que foi ouvida. 

    Após Medrades se recusar a responder perguntas simples da comissão, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu a sessão por volta das 12h10 para verificar com o presidente do STF, Luiz Fux, quais os limites do silêncio da depoente.

    Amparada pelo habeas corpus, Emanuela iniciou seu depoimento afirmando que havia sido tratada “como investigada” pela CPI em primeiro lugar, e disse que permaneceria em silêncio após orientação de seus advogados.  

    “Quem me tratou primeiro como investigada foi essa CPI, que quebrou meus sigilos e deixou expresso em requerimento a minha condição de investigada”, afirmou Emanuela.

    “Eu já prestei depoimento à PF sobre os fatos investigados, já entreguei documentos perante às autoridades investigativas, CGU, TCU e também a essa CPI, e portanto, por orientação dos meus advogados, eu vou permanecer em silêncio”.

    Ao ser questionada sobre fatos que, para os senadores, tratavam-se de questões técnicas e que não a incriminariam em nenhuma instância, a diretora técnica persistiu em seu posicionamento. 

    “Qual é a sua relação profissional com a Precisa? Isso não a auto-incriminará”, ressaltou Renan Calheiros. Medrades afirmou que permaneceria em silêncio, o que provocou irritação entre os senadores. Isso fez com que o presidente da CPI Omar Aziz (PSD-AM) suspendesse a sessão para averiguar os limites do silêncio da depoente junto ao Supremo.

    “Fizemos uma pergunta teste. Uma pergunta simples. Baseado nisso eu vou suspender a reunião e entraremos com embargo de declaração ao ministro Fux e, baseado nessa resposta, saberemos quais são os limites, porque não vou perder meu tempo ouvindo uma depoente que não quer colaborar”, afirmou Aziz.

    (Com informações de Giovanna Galvani)