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    PF intima Bolsonaro a depor em caso de empresários que discutiram golpe

    Interlocutores do ex-presidente informaram que a defesa dele vai tentar adiar o depoimento até que os advogados recebam mais informações sobre esse inquérito

    Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
    Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) 03/02/2023REUTERS/Marco Bello

    Gustavo UribeBasília Rodrigues

    A Polícia Federal (PF) intimou, nesta terça-feira (22), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a depor sobre o caso de empresários que discutiram a possibilidade de um golpe de Estado através do WhatsApp. O depoimento está previsto para ocorrer na próxima quinta-feira (31); a PF já enviou o ofício à defesa, conforme apurou a CNN. As informações são de fontes a par das investigações.

    Interlocutores do ex-presidente informaram que a defesa dele vai tentar adiar o depoimento até que os advogados recebam mais informações sobre esse inquérito. Procurado, Bolsonaro não se manifestou até a publicação desta reportagem.

    Vídeo — Mensagens podem indicar um envolvimento direto de Bolsonaro com fake news?

    Em decisão datada do dia 18 de agosto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o arquivamento da investigação contra seis empresários que foram flagrados em um grupo de WhatsApp falando sobre a possibilidade de um golpe de Estado. Porém, manteve contra outros dois: Meyer Nigri, da Tecnisa, e Luciano Hang, da Havan.

    No grupo dos empresários no WhatsApp, havia a sugestão para que ocorresse um golpe de Estado caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencesse a eleição presidencial do ano passado.

    Conforme revelado pelo analista da CNN Caio Junqueira na segunda-feira (21), a Polícia Federal viu elo entre o ex-presidente Bolsonaro e o empresário Meyer Nigri na disseminação de fake news sobre o sistema eleitoral.

    A avaliação consta na decisão do ministro Moraes. Na mesma decisão, Moraes concedeu à polícia 60 dias para que sejam feitas diligências contra Hang e Nigri.

    O arquivamento alcançou os empresários José Isaac Peres (rede de shoppings Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Sierra), Marco Aurélio Raimundo (Mormaii) e Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu). Na ocasião, Moraes entendeu que “não foi encontrada nenhuma prova robusta” contra eles.

    O ex-presidente já foi ouvido em outras quatro investigações desde que deixou o cargo. Ele já se manifestou aos policiais por conta das apurações sobre as joias sauditas que lhe foram dadas como presentes, sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, sobre fraudes nos cartões de vacinas e sobre um suposto plano de golpe de Estado.