Pesquisa Quaest: Lula e Bolsonaro empatam em São Paulo e no Rio de Janeiro
Petista amplia vantagem sobre o atual presidente em Minas Gerais
A menos de uma semana para o primeiro turno, a disputa pela cadeira de presidente segue bastante acirrada em dois dos três maiores colégios eleitorais do país.
Pesquisa Genial/Quaest desta segunda-feira (26) aponta que, tanto em São Paulo, quanto no Rio de Janeiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) estão tecnicamente empatados, separados apenas pela margem de erro.
Em São Paulo, o petista aparece com 37% das intenções de voto. Bolsonaro tem 35%. Dentro da margem de erro, o ex-presidente subiu um ponto em relação à última pesquisa e o atual mandatário caiu dois pontos.
Já no Rio de Janeiro, Bolsonaro está numericamente à frente, com 39% das intenções de voto, ante 37% do petista.
Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, Lula abriu vantagem, com 45%. Bolsonaro está com 33%. Assim, ampliando a distância de 7 para 12 pontos.
“Essa rodada de hoje nos mostra uma coisa muito importante: o ex-presidente Lula chega à reta final da campanha com vantagem real sobre o presidente Bolsonaro. Vantagem essa que é inédita, numa região em que Bolsonaro deu um passeio no PT em 2018”, explica Felipe Nunes, CEO da Quaest.
Qualquer mudança na preferência do eleitorado nesses locais pode ser decisiva para que a eleição se já se encerre ou não no próximo domingo.
Juntos, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo concentram, aproximadamente, 40% do eleitorado apto a votar. Em 2018, Bolsonaro obteve, somente nestes três colégios eleitorais, quase 33 milhões de votos. Número bastante significativo se lembrarmos que ele foi eleito por 57 milhões de brasileiros.
A comparação do desempenho de Bolsonaro na pesquisa Genial/Quaest desta segunda-feira, com os votos válidos que ele obteve nessas localidades em 2018, mostra o tamanho do desafio do presidente. Em MG, o presidente perderia por 12 pontos; em SP por 14; e no RJ, por 17.
Para Marco Aurélio Teixeira, professor de ciência política da Fundação Getúlio Vargas (FGV), “se persistir nesse ritmo, o risco de nós termos a partida decidida no primeiro tempo pode ser grande. Uma vez que a gente está no limiar de ter ou não ter segundo turno”
“Estamos diante desse cenário, e como a semana é curta, estamos a cinco dias das eleições, não há muito espaço para mudança; a não ser que alguém tenha uma bala de prata e produza alguma novidade. Eu acho muito difícil, quem tivesse novidade já teria usado”, finaliza Teixeira.
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