Peritos ainda tentam descobrir origem da pepita de Valdemar
A PF tem feito análises do material com base no carbono do mineral
![Pepita de ouro foi encontrada em residência de Valdemar Costa Neto Pepita de ouro foi encontrada em residência de Valdemar Costa Neto](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2024/02/WhatsApp-Image-2024-02-08-at-18.39.46.jpeg?w=1220&h=674&crop=1)
Os peritos da Polícia Federal analisam em São Paulo a pepita de ouro encontrada e apreendida no mês passado com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. A busca é pela origem do minério.
A perícia já constatou que o ouro veio de um garimpo ilegal, mas a dúvida ainda é de qual garimpo saiu a pepita.
A pepita pesa 39,18 gramas e vale cerca de R$ 11,7 mil. Ela passou por perícia no Serviço de Perícias em Geologia, área de Gemologia, durante cinco horas no começo de fevereiro, mas foi enviada à Universidade de São Paulo (USP), onde um perito da PF de Brasília está realizando o trabalho.
O motivo é que há um método ainda sendo construído para saber os isótopos instáveis – termo utilizado pela perícia – e, assim, de qual terreno de garimpo saiu o minério. A USP possui um equipamento capaz de identificar tipos específicos desses isótopos do material.
A conclusão que a pepita de Valdemar é de garimpo tem como base características da pedra, como a estrutura mineralógica e um formato de “esponja” que permitem esse tipo de identificação.
Um laudo aponta que a pepita não passou por nenhum tipo de processamento, o que é típico da garimpagem.
A perícia da PF está implementando ainda um banco nacional de dados para auxiliar nesses casos. Assim, os isótopos estariam presentes e a comparação dos minérios e sua origem seria mais ágil, segundo fontes ouvidas pela CNN.
Investigação
A pepita de ouro foi apreendida na manhã de 8 de fevereiro durante a operação Tempus Veritatis. Valdemar Costa Neto foi alvo e também teve uma arma de fogo com registro vencido apreendida.
Os advogados do político questionam a prisão. Afirmam que a arma é registrada, que a pedra apreendida tem baixo valor e não configura delito.