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    Pedido de CPI das Joias estaciona e governistas apostam em investigação na CPMI do 8 de janeiro

    Até o início da tarde desta sexta-feira (18), contava com 113 das 171 assinaturas necessárias para que possa ter andamento

    Luciana Amaral

    O pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados para apurar o suposto esquema de venda ilegal de joias e presentes recebidos durante o governo Jair Bolsonaro (PL) por pessoas próximas ao ex-presidente perdeu força.

    Até o início da tarde desta sexta-feira (18), contava com 113 das 171 assinaturas necessárias para que possa ter andamento. Na última segunda (14), estava com 112. Portanto, não houve aumento de apoio significativo.

    O pleito da CPI é encabeçado pelos deputados federais Rogério Correia (PT-MG) e Túlio Gadêlha (Rede-PE). Eles contam com as assinaturas em apoio por parte de várias lideranças governistas. No entanto, nos bastidores, líderes do PT resistem à ideia da CPI. Argumentam que não é momento para mais uma comissão investigativa e que o suposto esquema ilegal já está sendo investigado pela Polícia Federal e demais autoridades competentes.

    A intenção dos governistas no Congresso Nacional agora é aproveitar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro para investigar parte das eventuais irregularidades das joias e dos presentes.

    O presidente da CPMI, deputado federal Arthur Oliveira Maia (União Brasil-BA), tem resistido a englobar o assunto. Porém, governistas estão na esperança de convencê-lo, especialmente após o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto desta quinta (17).

    Na visão dos governistas, ampliar o escopo da CPMI do 8 de janeiro se justifica porque muitas das pessoas suspeitas são as mesmas nos dois casos, como as que compunham o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Também querem averiguar se tinham como objetivo usar os valores obtidos com a suposta venda ilegal dos presentes para financiar os atos criminosos de 8 de janeiro, eventual golpe de Estado e ações da extrema direita.

    O que os governistas eventualmente não conseguirem abordar na CPMI, devem deixar a cargo da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal Federal, por exemplo.

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