PDT consulta diretórios regionais para posição no 2º Turno
MDB e União Brasil também realizam consultas internas antes de anúncio oficial nesta semana
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, informou à CNN que iniciou conversas com os diretórios estaduais do partido para definir a postura da legenda no segundo turno da disputa presidencial.
A expectativa é de que o anúncio seja feito até quarta-feira (5), após reunião com integrantes da executiva nacional da legenda e lideranças regionais do partido.
Segundo relatos feitos à CNN, uma consulta informal feita com integrantes da cúpula nacional mostrou tendência de apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas a sigla quer ouvir também diretórios estaduais.
No domingo (2), o candidato do partido ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, disse estar preocupado com o resultado das eleições. Durante o pleito nacional, Ciro chegou a dizer que não apoiaria nem Lula nem Jair Bolsonaro (PL) em um segundo turno. Mas de acordo com interlocutores do pedetista, ele estaria repensando o posicionamento após o resultado nas urnas –que foi interpretado por algumas lideranças do partido como um possível aceno ao petista.
Procurada pela CNN, a assessoria de imprensa de Ciro Gomes informou que ele se posicionará apenas após a reunião da executiva do partido.
Meio termo
Já o MDB, de Simone Tebet, também está consultando os diretórios estaduais, mas a tendência é posição oficial de neutralidade. O partido, no entanto, discute um meio-termo, para não ser acusado de lavar as mãos.
Uma proposta em discussão é que, apesar da liberação dos apoios partidários, lideranças nacionais saiam em apoio público a Lula, incluindo Tebet.
Outro partido que deve anunciar posição nesta semana é o União Brasil. O presidente da legenda, Luciano Bivar, avaliou à CNN que a legenda saiu “extremamente vencedora” com bancada maior do que em 2018, quando o antigo PSL esteve com Jair Bolsonaro.
Integrantes da legenda dizem que o resultado emancipa o partido a tomar a decisão que quiser. O União Brasil deve se reunir até terça-feira (4).
A escolha do partido ocorre paralelamente a conversas de fusão do União Brasil com os Progressistas (PP), atualmente da base aliada de Bolsonaro.
O PTB, de Padre Kelmon, mais alinhado a Bolsonaro, ainda não formalizou o apoio neste segundo turno.