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    ‘Pazuello mentiu muito e será reconvocado pela CPI da Pandemia’, diz Aziz

    Presidente da comissão diz não ter dúvidas que o ex-ministro da Saúde será chamado para nova oitiva; ele espera que o general não peça novo habeas corpus

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo; produzido por Jorge Fernando Rodrigues, da CNN, em São Paulo

    O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta segunda-feira (24) que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse muitas mentiras em sua primeira oitiva e, por isso, deve ser convocado para ser ouvido novamente.

    “Não tenha dúvida que ele será reconvocado porque mentiu e mentiu muito. E aqueles que mentem na CPI, com certeza absoluta, serão indiciados”, afirmou, em entrevista à CNN, ao ser questionado sobre essas possibilidades também defendidas pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

    “Ele [Pazuello] é um caso que será chamado novamente, mas espero que, dessa vez, sem habeas corpus, sem nenhuma proteção anti-falar a verdade”, continuou. No sábado (22), a assessoria de Aziz afirmou à CNN que o requerimento para reconvocar Pazuello deve ser votado na quarta-feira (26).

    “Todos os fatos que aconteceram durante os meses que ele passou à frente do Ministério, ele criou uma versão. Teve um bom media training, aliás a gente tem que saber que são essas pessoas, porque são muito boas. Conseguiram ter uma versão até para o ‘um manda, outro obedece'”, disse o presidente da comissão.

    “Ele [Pazuello] acha que enrolou todo mundo, saiu aplaudido como herói por aqueles que torcem pelo caos, pelas mortes, pelo ódio.”

    Convocação de governadores e prefeitos

    Sobre a convocação de governadores e prefeitos para explicar como foram gastos os recursos enviados pela União para o combate à Covid-19, Aziz afirmou que isso será feito quando houver fato correlato com a investigação da CPI e a partir das informações que foram solicitadas aos municípios com mais de 200 mil habitantes.

    “Aqueles que tiverem que ser chamados, serão chamados. Em relação ao meu estado, especificamente, ele está na CPI – entrou pela falta de oxigênio – então, os membros do governo do Amazonas terão que responder sobre quem falhou”, disse.

    Ele disse ainda que uma possível judicialização para evitar que os chefes de executivos municipais ou estaduais não pode ser descartada, considerando os exemplos de Pazuello e da secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro.

    Senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Pandemia
    Senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Pandemia
    Foto: CNN Brasil (24.mai.2021)

    “Sim, tudo é possível. Veja que a simples convocação de um ministro da pasta que estamos investigando, teve um habeas corpus (…) E é o mesmo caso com a doutora Mayra amanhã [terça-feira]”, afirmou o presidente da CPI. 

    “Nós vamos convocar os governadores, mas se o supremo decidir que eles não podem ser ouvidos, isso é outra coisa. Espero que não tenha, que os governadores que forem à CPI possam contribuir, dando informações sobre o que aconteceu de fato.”

    Compra de vacinas contra Covid

    O senador também afirmou que nunca houve interesse por parte do governo federal de comprar vacinas contra o novo coronavírus.

    “O que nós sabemos, e isso está claro não só para nós da CPI, mas para a maior parcela da população brasileira, é que eles nunca apostaram na vacina. Eles apostavam, vou repetir, na cloroquina, tratamento precoce e imunização de rebanho. Nunca houve vontade do governo em comprar vacinas”, disse Aziz.

    “Esse esforço que o presidente [Jair Bolsonaro] faz dessas passeatas, em mostrar que parece que está tudo bem, você tem conhecimento de algum país, grande ou pequeno, ou uma republiqueta qualquer, de presidente tomando essas atitudes de querer mostrar força política em um momento com gente morrendo”, questionou.

    Ele também confirmou que a CPI ouvirá na quinta-feira (27) o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e que isso ajudará a esclarecer o episódio da compra da Coronavac por parte do Ministério da Saúde.

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