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    Pazuello deve dizer à PF que Bolsonaro encaminhou denúncia sem fatura da Covaxin

    Ex-ministro da Saúde presta depoimento na sede da Polícia Federal sobre suposta prevaricação do presidente

    Basília Rodriguesda CNN

    O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello deve afirmar à Polícia Federal, no depoimento que ocorre nesta quinta-feira (29), que recebeu pedido do presidente Jair Bolsonaro de investigar supostas irregularidades na compra de vacinas da Covaxin no dia 22 de março, dois dias após encontro do presidente com os irmãos Miranda no Palácio da Alvorada.

    Mas, segundo ele, ao contrário do que os denunciantes dizem ter apresentado, Bolsonaro não possuía a invoice (fatura) do negócio, o que reforçaria a denúncia.

    Pazuello deve reafirmar a versão de que Bolsonaro não cometeu prevaricação porque teria dado encaminhamento à denúncia com base nas informações relatadas pelos irmãos Miranda.

    O ex-ministro da Saúde alega que o pedido foi para verificar se havia irregularidades no contrato e que não recebeu nenhuma documentação com o presidente porque a invoice não havia ainda chegado ao Ministério da Saúde. Esse ponto é utilizado como parte da defesa de Bolsonaro porque, sem supostamente ver a invoice, o presidente não poderia avaliar a gravidade da denúncia. A Precisa Medicamentos afirma que enviou o documento no dia 22.

    Procurados pela CNN, os irmãos Miranda reafirmaram que a invoice chegou no dia 18, e que por isso teriam levado-a no encontro com Bolsonaro no Alvorada.

    O ex-ministro da Saúde deve dizer que na sequência enviou o pedido para o secretário executivo da pasta, Élcio Franco, investigar e que não foram encontradas irregularidades.

    Pazuello tem evitado conceder entrevistas nos últimos meses. Procurado pela CNN, ele não se manifestou.

    A Polícia Federal ouve depoimentos dentro do inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro prevaricou.