Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Partidos do Centrão decidem adiar formação de novo bloco na Câmara

    Segundo líderes, o movimento poderia ser interpretado como um sinal de esvaziamento das siglas alinhadas ao governo de Jair Bolsonaro

    Bárbara Baião, da CNN em Brasília

    Em um esforço para fortalecer o Centrão, líderes de PTB, Pros e PSC decidiram adiar a criação de um novo bloco partidário na Câmara dos Deputados. O grupo contaria ainda com a adesão do PSL, representando um total de 71 parlamentares.

    Segundo líderes, o movimento poderia ser interpretado como um sinal de esvaziamento das siglas alinhadas ao governo de Jair Bolsonaro, depois do desembarque de DEM e MDB do blocão constituído inicialmente para composição da Comissão Mista de Orçamento (CMO). 

    Partidos como o Avante e Patriota que, somados, contam com 12 parlamentares, também recuaram do desembarque do grupo encabeçado pelo líder do PP, Arthur Lira — que, informalmente nas votações, vem atuando como um articulador do Palácio do Planalto. 

    “O bloco será feito, mas decidimos que vamos esperar o momento certo para não acharem que esse movimento será contra deputado A ou B”, disse o líder do PSC, André Ferreira. 

    Leia também:

    Centrão de Lira se reúne para discutir reação à saída de DEM e MDB do blocão

    Planalto quer discutir com MDB e DEM efeitos de racha no centrão

    O que é o Centrão, o grupo que domina o Congresso e se aproximou de Bolsonaro

    Embora ainda tenham interesse na criação de novos blocos por causa da eleição à presidência na Câmara no ano que vem, a avaliação é de que o gesto de coesão, por ora, é a melhor solução para rebater a narrativa de enfraquecimento da ala que hoje é a base aliada do governo na Casa.

    Semanalmente, antes das reuniões no colégio de líderes na Câmara, esse grupo de dez partidos (PP, PL, Republicanos, Solidariedade, PTB, Pros, PSC, Avante e Patriota) discute com a articulação política do Executivo propostas que devem ser priorizados na pauta do Legislativo. 

    O Planalto sabe que a agenda econômica tem ampla adesão de siglas de centro com postura mais independente, como DEM e MDB, mas também quer intensificar a discussão de temas alinhados à base que elegeu Bolsonaro, como o projeto que flexibiliza posse e porte de armas, além do homeschooling (ensino em casa). 

    Em uma outra frente de negociações, essas siglas discutem ainda a possibilidade de protocolar um ofício pela troca do deputado federal Aguinaldo Ribeiro, do PP, da liderança da Maioria. O argumento dos partidos é de que o parlamentar não representa o interesse majoritário da composição da Câmara. A insatisfação também é motivada pelo alinhamento de Ribeiro ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e potencial candidato à sucessão no comando da Casa.

    Tópicos