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    Partido Novo decide que passará a utilizar dinheiro público do fundo partidário

    Presidente da legenda diz que, com as mudanças, a sigla “amadurece para um novo momento”; membros criticaram origem dos recursos no passado

    Danilo Moliternoda CNN , São Paulo

    O Partido Novo definiu, em convenção nacional realizada na terça-feira (28), que passará a usar rendimentos do fundo partidário, assim como as demais legendas. Eduardo Ribeiro, presidente da sigla, afirmou que com as mudanças a legenda “amadurece para um novo momento”.

    “Com 85% dos votos favoráveis em questões até pouco tempo sensíveis, como o uso dos rendimentos do Fundo Partidário, ficou bastante claro que o partido amadureceu para um novo momento, e terá, de agora em diante, muito mais capilaridade e competitividade frente aos nossos concorrentes”, disse.

    Fundado em 2011, o partido tinha como uma das diretrizes de seu estatuto a não utilização deste tipo de recurso. O ex-presidente e fundador da sigla João Amoêdo usou suas redes sociais na terça para afirmar que, ao implementar tal mudança, o diretório nacional “burla a lei”.

    Além do ex-presidente, outros membros do partido, como os deputados federais Marcel van Hattem (RS) e Gilson Marques (SC), se notabilizaram por criticar o fundo e destacar a postura da sigla ao não utilizar o recurso.

    A parcela do fundo partidário distribuída ao Novo gira em torno de R$ 2,3 milhões mensais. Em resposta à CNN, a assessoria do Novo afirmou que o valor não será utilizado em sua integralidade, somente rendimentos provenientes deste recurso.

    O fundo é utilizado para o custeio de despesas cotidianas como pagamento de salários de funcionários, contas de água e luz, passagens aéreas, aluguéis, entre outras. Em 2022, o Fundo Partidário contemplou 24 legendas com o valor total de pouco mais de um bilhão de reais.

    Outras medidas foram aprovadas na convenção. Entre elas, o fim dos repasses de recursos das filiações à Fundação Brasil Novo — voltada ao fomento da educação política alinhada aos princípios do partido e à formação de novas lideranças — e alterações nas regras de candidatura ao diretório nacional.

    Em nota, o presidente do Novo ainda indica que os membros que votaram a favor das mudanças “consideram que as medidas são fundamentais para a democracia interna, a competitividade e a expansão da sigla no atual contexto da política brasileira”.

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