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    Eleições 2022

    Paraná: saiba quem são os candidatos ao governo e ao Senado

    Concorrentes buscarão ocupar o Palácio do Iguaçu pelos próximos quatro anos; candidatos também tentarão vaga no Senado

    Palácio Iguaçu, em Curitiba, sede do governo do Paraná
    Palácio Iguaçu, em Curitiba, sede do governo do Paraná Pedro Ribas/SMCS/Prefeitura de Curitiba

    Brayan Valêncio*colaboração para a CNN

    Um levantamento realizado pela CNN apontou quem são os candidatos ao governo estadual e ao Senado pelo Paraná nas eleições 2022. Vale destacar que os partidos podem mudar as indicações até 5 de agosto, quando acaba o prazo para a escolha de candidatos e candidatas.

    Ratinho Júnior (PSD)

    O atual governador, Carlos Roberto Massa Júnior (PSD), o Ratinho Júnior, tenta a reeleição. Ele é filho do apresentador Ratinho. Graduado em Marketing e Propaganda, trabalhou desde muito cedo como comunicador, em veículos do conglomerado do pai. Com 21 anos, foi lançado na política, tendo ocupado cargos de deputado estadual e federal – além de ter disputado a prefeitura de Curitiba, em 2012, marcando sua única derrota nas urnas. Após um período como secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, de 2015 a 2017, venceu a disputa pelo governo estadual em 2018, no 1º turno, com 59,99% dos votos.

    Roberto Requião (PT)

    O principal nome de oposição à tentativa de reeleição é Roberto Requião (PT). O veterano vinha negociando filiação com vários partidos, como o PSB, mas se filiou ao PT, legenda da qual se aproximou após deixar o MDB por ter perdido poder na executiva estadual e ser contrário à ala que apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

    Referência da política paranaense, Requião já foi deputado estadual, prefeito de Curitiba, governador por três mandatos e, mais recentemente, senador. Atualmente, está sem cargo público após não conseguir se reeleger em 2018. Formado em Jornalismo e Direito, é reconhecido pela forte relação com expoentes da esquerda. Integrante de família tradicional da política, também conta com o filho, Maurício Thadeu de Mello e Silva (MDB), conhecido como Requião Filho, líder da oposição na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep), e tem um sobrinho, João Arruda (MDB), que já disputou várias campanhas.

    Ricardo Gomyde (PDT)

    Com a presença do presidenciável Ciro Gomes, o PDT confirmou a candidatura de Ricardo Gomyde para o governo paranaense. Gomyde, advogado, foi vereador em Curitiba, deputado federal e secretário estadual do Esporte. Em 2014, se candidatou ao Senado, mas não foi eleito.

    Angela Machado (PSOL)

    Já o PSOL lançou a candidatura da professora Angela Machado, que ficou conhecida pelo confronto entre profissionais da educação e a Polícia Militar no dia 29 de abril de 2015, no Centro Cívico da capital paranaense.

    Angela, que trabalha em escola pública, disputou as últimas três eleições tentando ser vereadora e deputada estadual, mas não foi eleita. Em 2020 foi candidata em um mandato coletivo, sem sucesso. A candidatura da professora amplia o racha do partido de esquerda no Paraná, já que uma ala pretende participar ativamente de uma “frente ampla” de enfrentamento ao atual governador e outra acredita que o melhor caminho é a candidatura individual.

    Solange Ferreira Bueno (PMN)

    Solange Ferreira Bueno (PMN) nunca concorreu a um cargo elegível. Ela é professora de música, com especialização em docência do ensino superior e em psicopedagogia clínica. Ela nasceu em Maringá (PR).

    Vivi Motta (PCB)

    Vivi Motta, do PCB, se define como “comunista, feminista, antirracista, anti-LGBTfóbica”. Ela é formada em ciências sociais e foi professora na rede estadual de ensino no Paraná. Começou na militância aos 15 anos defendendo o passe livre estudantil, em Cuiabá (MT). Hoje é integrante do Comitê Regional do Partido Comunista Brasileiro no Paraná.

    Professor Ivan (PSTU)

    Ivan Ramos Bernardo, mais conhecido como Professor Ivan, é o candidato pelo PSTU. É a segunda vez que ele é postulante ao cargo máximo do estado do Paraná e nunca teve um cargo político.

    Vale destacar que os partidos podem anunciar candidatos ou mudar as indicações até 5 de agosto, quando acaba o prazo para a escolha de candidatos e candidatas.

    Adriano Teixeira (PCO)

    O PCO lançou o funileiro Adriano Teixeira ao cargo. É a primeira vez que tenta o estado. Em 2020, disputou uma vaga de vereador para o município de Paranavaí, mas não se elegeu.

    Joni Correia (DC)

    O partido Democracia Cristã lançou Joni Correia ao cargo. Ele é empresário e já tinha se candidatado a vereador, em 2020, mas não se elegeu.

    Fotos – os candidatos ao governo do Paraná

     

    Os candidatos ao Senado

    Entre os pretendentes ao Congresso, os nomes mais conhecidos são os do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) e do ex-governador e atual senador Alvaro Dias (Podemos).

    Alvaro Dias (Podemos)

    Considerado padrinho político de Moro, Álvaro Dias está no Senado desde 1999 e chegou a disputar a Presidência em 2018. Formado em história, foi reeleito, em 2014, para o 3º mandato consecutivo entre os 81 senadores com 77% dos votos. Já passou por vários partidos, como MDB, PSDB, PDT e foi um dos fundadores do Podemos.

    Irmão do também político Osmar Dias, que é ex-senador, Alvaro defende pautas voltadas ao combate à corrupção e ao endurecimento de punições aos agentes políticos que cometerem crimes. É o autor do Projeto de Emenda à Constituição que pede o fim do foro privilegiado.

    Sergio Moro (União Brasil)

    Sergio Moro foi o juiz na Operação Lava Jato responsável pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2018. Em 2021, o STF (Supremo Tribunal Federal) considerou que Moro agiu com parcialidade no caso e anulou as acusações contra o petista na operação.

    Ele deixou a magistratura em 2018, quando aceitou ser ministro da Justiça e da Segurança Pública do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Ocupou o cargo de janeiro de 2019 a abril de 2020. Mas saiu do governo depois de exoneração do diretor-geral da Polícia Federal por Bolsonaro. Ele acusou o presidente de interferir na autonomia da corporação.

    Sob a bandeira de luta contra a corrupção, Moro tentou ser pré-candidato à Presidência. Inicialmente filiou-se ao Podemos, que o lançou à vaga, mas trocou de legenda às vésperas do prazo eleitoral, em abril. Confirmado no União Brasil, viu o partido se voltar contra sua candidatura ao Planalto. Moro, depois. tentou disputar o Senado por São Paulo, mas o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) rejeitou a transferência do domicílio eleitoral para o estado. Isso fez o ex-juiz lançar sua candidatura por seu estado natal.

    Paulo Martins (PL)

    O deputado federal Paulo Martins é o candidato do PL para o Senado, com apoio do governador Ratinho Júnior. Jornalista, ficou conhecido por fazer comentários políticos nas mídias do conglomerado Massa, administrado pelo apresentador Ratinho.

    Chegou a ser acusado em 2018 e 2019 de espalhar fake news, tendo seu perfil removido de uma rede social por “divulgação de notícias falsas”. Ele se denomina como “alguém que luta por valores conservadores e liberais”. É um defensor do fim do estatuto do desarmamento e já viralizou algumas vezes nas redes sociais com comentários considerados polêmicos em um programa de televisão.

    Orlando Pessuti (MDB)

    O ex-governador Orlando Pessuti é o nome do MDB na disputa para o Senado. Ele já foi deputado estadual por cinco mandatos e ocupou a vaga de vice-governador de Roberto Requião, então no MDB, entre 2003 a 2010, assumindo o comando do estado quando Requião deixou o cargo para disputar o Senado.

    Aline Sleutjes (Pros)

    A deputada federal Aline Sleutjes (Pros) é outra voz da direita na disputa ao Senado. Tendo ocupado cadeiras como vereadora, está no 1º mandato de deputada federal e foi a única mulher do PSL, seu então partido, eleita no Paraná.

    Considerada uma das mais fiéis aliadas de Bolsonaro, teve seu nome atrelado aos atos antidemocráticos em 2020 e seu sigilo bancário quebrado na investigação que busca descobrir os financiadores dos ataques à democracia e às instituições.

    Rosane Ferreira (PV)

    A chapa formada por PT, PCdoB e PV indicaram a enfermeira Rosane Ferreira para a vaga no Senado. Ela já foi vereadora de Araucária, deputada estadual e seu último cargo foi deputada federal.

    Desiree Salgado (PDT)

    A outra opção na esquerda é Eneida Desiree Salgado (PDT). Doutora em direito do estado e professora  na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Desiree também é coordena o instituto Política Por/De/Para Mulheres e foi escolhida como representante do partido de Ciro Gomes para concorrer ao Senado.

    Roberto França (PCO)

    O partido de extrema-esquerda lançou Roberto França ao Senado. Professor de ensino médio, ele é natural de São Paulo capital e é a primeira vez em que concorre a um cargo em eleições.

    Dr Saboia (PMN)

    O médico é o candidato do PMN ao Senado. Aos 75 anos, o último cargo que foi eleito foi como vereador de Maringá em 2008.

    Laerson Matias (PSOL)

    O bancário Laerson Matias é o candidato do PSOL. É a primeira vez em que ele concorre ao governo. Anteriormente, havia se candidatado para vereador em Cascavel e deputado estadual, mas não se elegeu em ambas.

    Confira abaixo os senadores cujos mandatos terminam em 2023. As vagas deles no Senado estarão em jogo nas eleições deste ano. 

    Eleições 2022

    O primeiro turno da eleição de 2022 está marcado para acontecer no primeiro domingo de outubro, dia 2. E, caso seja necessário, o segundo turno será realizado no dia 30 do mesmo mês.

    CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto pela TV e por nossas plataformas digitais.

    *Com informações de Gabriela Ghiraldelli, Leonardo Rodrigues, e Malu Mões, da CNN