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    Eleições 2022

    Para relator, posição de dirigentes partidários não prejudica voto impresso

    Em conversa com a CNN, Filipe Barros disse que o relatório da proposta trará pequenas mudanças ao texto original apresentado pela deputada federal Bia Kicis

    Gustavo Uribeda CNN

    O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) afirmou à CNN não acreditar que a posição de onze dirigentes partidários contra o voto impresso auditável prejudique a aprovação da proposta.

    Nesta segunda-feira (28), o relator da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) na comissão especial da Câmara dos Deputados apresentará o seu parecer. Após votação no colegiado parlamentar, a iniciativa estará pronta para ser pautada em plenário.

    “É um posicionamento natural que faz parte do jogo político. Eu não vejo como prejudicial para a proposta”, disse Filipe Barros.

    Segundo ele, o relatório trará pequenas mudanças ao texto original da proposta, apresentada pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), com o objetivo de contemplar as sugestões de integrantes da comissão especial.

    “Haverá algumas alterações para contemplar as sugestões de integrantes da comissão. A essência da iniciativa, no entanto, será mantida”, antecipou.

    Segundo ele, os ajustes na proposta serão definidos em encontros na manhã desta segunda-feira (28). A reunião da comissão especial, para a leitura do parecer, foi marcada para as 15h.

    No sábado (26), presidentes de onze partidos acordaram um posicionamento conjunto em defesa do sistema eleitoral com urna eletrônica, rechaçando a necessidade de adoção de voto impresso para apuração dos resultados.

    As siglas representam cerca de dois terços do Congresso Nacional, num total de 326 deputados federais e 55 senadores.

    O esforço de deputados governistas tem sido o de deixar a iniciativa pronta para ser pautada em julho pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Procurado pela CNN, Lira disse que ainda não definiu uma data para levar a iniciativa a plenário.

    A PEC tramita desde o mês passado em comissão especial. Ela não extingue a urna eletrônica, mas prevê a instalação de um sistema que imprime o voto.

    Para que seja válida para as próximas eleições, ela precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até o dia 02 de outubro, um ano antes do primeiro turno da disputa presidencial de 2022.
    A ideia é que o eleitor cheque se o voto impresso confere com o eletrônico. A impressão é depositada em uma urna trancada, de forma automática e sem contato manual, para que seja usada em eventual auditoria.

    O TSE prevê que a impressão dos votos nas eleições brasileiras terá um custo de R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos ao longo de dez anos. Os defensores da medida dizem que o custo seria menor, de cerca de R$ 250 milhões.

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