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    Para Leite, governo Lula fez “muita propaganda” e pouca ajuda chegou ao RS

    Governador do Rio Grande do Sul diz que dinheiro prometido pelo governo federal para a reconstrução do estado ainda não chegou para os setores que mais necessitam

    Stêvão LimanaJulliana Lopesda CNN

    O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse ao CNN Entrevistas deste sábado (3), que as ações do governo federal para a reconstrução do estado precisam ser mais efetivas e mais rápidas.

    “O diálogo [com o governo federal] existe, a sensibilidade existe, ações são empreendidas, mas os resultados efetivamente entregues são muito menores do que aquele que a propaganda oficial apresenta. E é isso que gera um incômodo profundo. A solenidade e os anúncios são fartos, a propaganda é extensiva para manifestar o que estão se mobilizando, mas o que chega na ponta ainda é muito limitado”, disse.

    De acordo com os dados do portal Brasil Participativo, o governo Lula destinou, até agora, R$ 94,4 bilhões à reconstrução do Rio Grande do Sul. Destes, R$ 21,8 bilhões já foram concedidos aos gaúchos.

    No entanto, para Leite, a ajuda deixou de lado questões cruciais, como um programa de manutenção de emprego e renda, nos moldes do que ocorreu na pandemia da Covid-19, quando a federação custeou parte dos salários dos trabalhadores afetados.

    “Ao contrário do que se viu nos meses anteriores, de geração de emprego, e que o Brasil assistiu em maio e junho, o Rio Grande do Sul teve saldo negativo no Caged por conta dessa calamidade. O governo federal demorou a apresentar uma solução, se recusou a fazer uma reedição do que aconteceu na pandemia. Pedimos, insistimos, brigamos muito por isso. Demoraram a apresentar uma solução. A solução que apresentaram demorou a ser feita. A regulamentação é complexa, difícil”, afirmou.

    O governador também frisou que boa parte dos recursos destinados chega por meio de operações de crédito com acesso “burocratizado”.

    “Da forma como é colocado, às vezes pode parecer que chegou R$ 90 bilhões na conta do Estado ou das prefeituras, seja o que for. Não! Estamos falando aqui de boa parte, maior parte desse recurso, pelo menos R$ 70 bilhões, estamos falando de operações financeiras. Financiamentos que estão disponibilizados nos bancos, no BNDES, nos bancos públicos, no Banco Brasil, Caixa Econômica Federal, parte em cooperativas de crédito, no próprio Banco do Estado do Rio Grande do Sul, para as empresas acessarem e financiarem a sua reconstrução com juros subsidiados pelo governo. É verdade que estão sendo acessados. Mas, como eu disse, o acesso a esse recurso ainda é muito burocratizado”, disse.

    Resposta

    A CNN procurou representantes do governo federal sobre as falas do governador do Rio Grande do Sul. Foi enviada uma nota, assinada pelo ministro da Reconstrução do RS, Paulo Pimenta. Nela, Pimenta diz que “não vamos entrar em disputa política no momento em que o nosso foco é ajudar os gaúchos a garantirem um recomeço após as enchentes”.

    De acordo com a nota, “tão logo ocorreu o evento, o presidente Lula determinou atenção total do governo federal à situação no estado e a criação de um Ministério para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. As ações são efetivadas na atenção às pessoas, apoio às prefeituras, empresas e produtores rurais e o total de recursos e medidas de apoio destinados até o momento para o Rio Grande do Sul é de R$ 94,4 bilhões de reais”, informa a nota.

    “Seguimos trabalhando 18 horas por dia, sete dias da semana, para garantir a reconstrução do Rio Grande do Sul e a chance de um novo começo para as famílias gaúchas”, afirma Pimenta, em nota.

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