Para garantir 2º turno, Bolsonaro tenta aumentar rejeição de Lula sobre mulheres
Presidente reforçará a presença da primeira-dama nos palanques eletrônicos e lembrará de frases controversas do petista, que lidera no voto feminino
Nas últimas semanas da campanha eleitoral para o primeiro turno, o presidente Jair Bolsonaro irá intensificar estratégia para tentar reduzir o favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o eleitorado feminino.
Hoje, as mulheres representam 52,6% do eleitorado nacional e, segundo a última edição da pesquisa Ipec, Lula pontua 45% sobre o voto feminino, enquanto Bolsonaro apresenta 26%.
Na tentativa de reduzir a diferença, em esforço para garantir que a disputa passe para o segundo turno, a campanha à reeleição irá aumentar a presença da primeira-dama Michelle Bolsonaro nos palanques eletrônicos.
Além disso, relembrará declarações controversas do petista, como quando ele cometeu uma gafe ao falar sobre a Lei Maria da Penha e a violência contra a mulher.
A expectativa é de que as primeiras inserções na televisão sejam exibidas já nesta terça-feira (13). Nas propagandas partidárias, o presidente também irá relembrar iniciativas da atual gestão de combate à violência doméstica.
Paralelo à tentativa de aumentar a rejeição petista, o presidente iniciou esforço para tentar suavizar sua imagem, uma estratégia para diminuir a rejeição sobre as mulheres.
Em entrevista ao podcast Collab, voltado para jovens cristãos, na segunda-feira (22), Bolsonaro reconheceu que exagerou em frases durante a pandemia do coronavírus e deve estar acompanhado da primeira-dama em viagem ao Reino Unido, para o velório da Rainha Elizabeth.