Para conter bolsonarismo, PT avalia abrir mão de candidatos próprios no Nordeste
Caso mais emblemático é Salvador, maior colégio eleitoral nordestino
Em uma tentativa de conter o avanço bolsonarista no Nordeste, o PT adotou uma estratégia pragmática e avalia abrir mão de lançar candidatos próprios em capitais para apoiar nomes com mais potencial de vitória, segundo apurou a CNN.
O caso mais emblemático é Salvador, maior colégio eleitoral nordestino e que nesta quarta-feira recebeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início de seu giro pela região.
Depois de meses de impasses, o partido decidiu em dezembro encerrar o debate interno e apoiar o vice-governador Geraldo Jr (MDB) na capital baiana.
A estratégia visa reunir forças para enfrentar o atual prefeito, Bruno Reis (União Brasil), aliado do ex-prefeito ACM Neto e João Roma (PL), ex-ministro da Cidadania de Bolsonaro.
Em Recife, onde Bolsonaro apresentou o nome do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, o PT negocia com o PSB o apoio à reeleição de João Campos (PSB) e a indicação de seu vice na chapa.
A expectativa na sigla, segundo fontes, é que Campos concorra ao governo em 2026 se vencer o pleito e assim abra para caminho para o PT governar a capital.
Em Fortaleza, o PT adiou a decisão sobre a eleição municipal para fevereiro enquanto espera um entendimento entre os grupos dos irmãos Cid Gomes, que deve ir para o PSB, e Ciro Gomes (PDT).
O desafio do PT no Nordeste
Salvador: apoia o candidato do MDB, Geraldo Reis
Recife: tendência de apoiar reeleição de João Campos
Fortaleza: indefinido (depende de acordo com o PDT e dos irmãos Cid e Ciro Gomes)
Maceió: pode ter candidato próprio ou apoiar nome indicado por Renan Calheiros
São Luís: deve apoiar nome do PSB indicado por Flávio Dino
Aracaju: vai lançar candidato
Natal: deve ter candidato próprio
João Pessoa: deve ter candidato próprio
Teresina: deve ter candidato próprio