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    É preciso pacificar a política para combater coronavírus, diz Manuela d’Ávila

    "Sem unificar as forças políticas, é inimaginável a construção de saídas", disse a candidata à vice-presidência da República em 2018

    Da CNN Brasil, em São Paulo

     

    Para Manuela d’Ávila, filiada ao PCdoB e candidata à vice-presidência da República em 2018, é preciso pacificar o país para traçar um plano de combate ao novo coronavírus (COVID-19). Em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (20), a ex-deputada disse ser impossível imaginar medidas efetivas sem um pacto entre todos os atores políticos do Brasil.

    “Sem unificar as forças políticas do país, é inimaginável a construção de saídas que envolvam o conjunto da população brasileira”, disse. Ela relembrou que presidentes de outras nações, como Estados Unidos e França, já declararam o enfrentamento ao coronavírus como uma guerra. “É preciso buscar pacificar o Brasil para enfrentar isso”.

    Ela considera que as providências tomadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) têm sido insatisfatórias. “Primeiro, porque não unificam as autoridades e as forças políticas. Segundo, porque subestimam o caráter da crise”, justifica.

    Como combater o coronavírus? 

    Manuela d'Ávila
    Manuela d’Ávila, filiada ao PCdoB e candidata à vice-presidência do Brasil em 2018 (28.out.2018)
    Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    D’Ávila ressalta a importância de medidas voltadas à proteção das populações mais vulneráveis. “O vírus não escolhe quem atinge, mas as consequências não são iguais para todas as pessoas”, falou. “Precisamos garantir que a população siga se alimentando e vivendo com dignidade durante o enfrentamento à pandemia”.

    Ela propõe ações para proteger mulheres, como a postergação de licenças-maternidade durante esse período, a criação de um auxílio-creche para as profissionais de saúde com filhos pequenos e uma atenção especial à medidas contra a violência doméstica, que pode crescer de forma significativa com a imposição de quarentena.

    Assim como também sugeriram Ciro Gomes e Guilherme Boulos, esquerda, ela também revogaria o teto de gastos. “Precisamos saber que as populações mais vulneráveis não terão condições de seguir comendo se não tivermos medidas emergenciais de transferência de renda”.