Para CGU, dados recolhidos sobre data de invoice corroboram versão da Precisa
Fontes do governo que acompanham investigação da Controladoria-Geral da União dizem que evidências negam versão dos irmãos Miranda sobre irregularidades
A Controladoria-Geral da União (CGU) entende que as datas divergentes acerca do contrato da Precisa Medicamentos com o Ministério da Saúde para a compra do imunizante indiano Covaxin não atrapalham a investigação de irregularidades no documento. As informações são da analista de política da CNN Renata Agostini.
Em coletiva nesta quinta-feira (29), o órgão anunciou os principais pontos da auditoria que é realizada no contrato e afirmou que não foram encontradas evidências de sobrepreço na aquisição da Covaxin. No entanto, a CGU apura o papel de intermediadora da Precisa Medicamentos após encontrar uma adulteração na autorização para negociar as vacinas.
Uma das maiores dúvidas que persiste sobre a negociação de compra do imunizante é a data do envio da invoice (nota fiscal). A Precisa afirma que disponibilizou esse documento ao Ministério da Saúde, via plataforma digital, em 22 de março.
Os irmãos Miranda, que denunciaram as suspeitas de irregularidades, dizem que a invoice foi recebida pela pasta em 18 de março, pois, no dia 20, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirma que se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nessa reunião, Miranda alega que entregou a invoice, entre outros documentos, para embasar a denúncia.
Fontes do governo federal que acompanham a apuração na CGU disseram à CNN que as evidências recolhidas até o momento corroboram a versão da Precisa Medicamentos, e não dos irmãos Miranda.
A CGU ainda aguarda respostas da Bharat BioNTech (fabricante da Covaxin) sobre a existência e envio da invoice, e, também, da plataforma online utilizada para armazenar do documento.
Publicado por Evandro Furoni