Para Bolsonaro, assassinato de petista foi fruto de “briga estúpida”
Presidente negou novamente que seu discurso tenha influenciado apoiador a assassinar tesoureiro municipal do PT em Foz do Iguaçu
O presidente Jair Bolsonaro (PL) descreveu neste sábado (16) o assassinato de um militante petista por um de seus apoiadores em Foz do Iguaçu (PR) como uma “briga estúpida”.
“Dizem que o (meu) discurso levou à morte daquela pessoa em Foz do Iguaçu. O meu discurso levou à morte daquela pessoa? Uma briga estúpida, sem razão?”, questionou Bolsonaro durante fala no Rio Grande do Norte. Em pré-campanha à reeleição, Bolsonaro viajou ao Nordeste neste sábado para participar de eventos evangélicos em Natal (RN) e Fortaleza (CE).
“Em 2016, tivemos 61 mil mortes violentas no Brasil, a maioria por arma de fogo. No ano passado, no meu governo, passamos para 41 mil [mortes]”, afirma Bolsonaro. Os dados do ano passado se referem a um período de restrições impostas pela pandemia de Covid-19, quando menos pessoas circulavam nas ruas.
“Quem está no caminho certo? Quem está mentindo, tentando falar diferente para chegar ao poder e, chegando ao poder, põe sua linha (de atuação)?”, questionou o presidente.
No fim de semana passado, o guarda municipal Marcelo Arruda teve seu aniversário invadido pelo agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho. Arruda foi morto a tiros. Ele era tesoureiro municipal do PT, e a decoração de sua festa tinha o partido e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como tema.
A Polícia Civil do Paraná descartou a hipótese de motivação política no assassinato. Os advogados da família Arruda, no entanto, criticam a conclusão, que dizem considerar “recheada de contradições e imprecisões”.
O presidente nega que seu discurso possa ter influenciado o crime de Guaranho. Opositores defendem que as falas de Bolsonaro podem estimular a violência e citam como exemplo uma declaração de 2018 em que ele falava em “fuzilar a petralhada” – o presidente diz que fez a declaração em “sentido figurado”.
Fotos – Os pré-candidatos à Presidência da República
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 • CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT • Foto: Ricardo Stuckert
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez • FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência • Divulgação/Flickr Simone Tebet
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Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência • ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido • Marcello Casal Jr/Agência Bras
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Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 • Romerito Pontes/Divulgação
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Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente • Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) • Reprodução Facebook