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    Papel de ministério do RS é ter alguém que “possa falar com todo mundo”, diz Pimenta

    Ministro comentou ações do governo federal na recuperação do estado atingido por cheias históricas no mês de maio

    Paulo Pimenta
    Paulo Pimenta Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

    Renata Souzada CNN

    São Paulo

    À frente da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, o ministro Paulo Pimenta defendeu, no domingo (19), que o cargo que está ocupando é destinado a alguém que seja capaz de dialogar com os diferentes setores que atuam na recuperação do estado.

    Em entrevista veiculada no YouTube, Pimenta disse ter conversado, ainda no domingo, com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Camilo Santana (Educação), José Múcio (Defesa) e Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional), além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    “É preciso ter alguém que possa falar com todo mundo, que possa falar com o governador, que tenha trânsito na bancada estadual, na bancada federal, então esse é o papel desse ministério”, disse.

    A nomeação de Pimenta por Lula levantou rumores de que a escolha estaria ligada a uma estratégia político-eleitoral — uma tese que o ministro negou em entrevistas.

    “Vocês queriam o quê? Que o presidente Lula colocasse para coordenar isso alguém que não conhece o Rio Grande do Sul? Alguém que não tem trânsito dentro do governo?”, questionou.

    “Acho que nós estamos absolutamente corretos na estratégia da ação, da prioridade que o presidente Lula estabeleceu em todos os ministérios, de determinar alguém da sua relação pessoal, da sua confiança, para coordenar essa ação do governo, para dar o suporte necessário para o governo do estado e para as prefeituras e fazer com que essa resposta chegue com rapidez.”

    Durante a entrevista, Pimenta ainda falou sobre como tem sido a atuação do governo federal na mitigação dos danos, incluindo o apoio para a retirada de água das ruas e a execução do plano de transição habitacional para as milhares de famílias desalojadas e desabrigadas.

    “O grande desafio que nós temos pela frente no próximo período é agilidade para poder oferecer casa, agilidade para resolver a questão habitacional, e como fazer a transição. Dessas 80 mil pessoas que hoje estão em abrigos, talvez algumas possam voltar para casa, muitas não, e há esse grande universo de pessoas que estão fora de abrigos, mas também não têm casa para voltar”, disse.

    Desde o início das chuvas e cheias que afetam o estado, o governo confirmou a morte de 157 pessoas, além de 88 desaparecidos e 806 feridos.